Negócios do Esporte

Arquivo : março 2011

Dois pesos, duas medidas
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Erich Beting

Na terça-feira, uma festa para dezenas de milhares de torcedores. Dois dias depois, um evento teoricamente fechado para a imprensa, sem muito alarde. A diferença dos tratamentos dispensados por São Paulo e Corinthians nas apresentações, respectivamente, de Luis Fabiano e Adriano se justifica pela diferença de importância de ambos no cenário atual do futebol.

Luis Fabiano volta ao Morumbi com a expectativa de quem foi “o cara” da seleção brasileira nos últimos anos. Já Adriano vai para o Corinthians com a expectativa de ser “o cara” das confusões.

Não tem como fugir desse cenário, tanto que sabiamente o alvinegro optou por não tentar concorrer com o rival pelos holofotes e festejos de torcedores na apresentação de seu reforço. É bem da verdade que a diretoria do Corinthians relutou ao máximo, mas acabou prevalecendo o bom senso.

Só que os diferentes pesos e medidas, muito provavelmente, param por aí na contratação dos dois estrelados, mas envelhecidos, jogadores.

Desde a bola dentro corintiana com Ronaldo, no apagar de 2008, comecinho de 2009, que os clubes de futebol do Brasil acreditam ser “fácil” repatriar uma grande estrela para o seu time.

Esquecem-se os clubes, porém, que mesmo Ronaldo, talvez o maior ídolo do futebol nacional da última década, demorou a engrenar no Corinthians. E a demora, aqui, não é técnica, mas sim comercial. Os anunciantes “viram para pagar”. Antes de despejar milhões no clube, as empresas esperaram para ver se Ronaldo tinha ainda fôlego e poder de atração da mídia que justificassem o investimento.

Desde então, diversos clubes adotam o “milagre” do marketing como ferramenta para pagar a contratação de um grande astro. Luís Fabiano e Adriano, porém, não são personagens amplamente sacramentados no mercado anunciante. É só reparar que, na Copa de 2010, “Fabuloso” só estrelou a campanha guerreira da Brahma, enquanto Robinho anunciou para Samsung, Volkswagen e Seara. Adriano, em declínio técnico, nem sequer foi lembrado pelos investidores.

O primeiro passo dos dois times, porém, foi acertado. Luís Fabiano empolga a torcida do São Paulo a ponto de levar milhares na terça-feira à noite para o estádio do Morumbi (a bem da verdade, o clube não cobrou pela entrada). Adriano é tão incerto que já na entrevista coletiva para a imprensa causou confusão (não por interesse próprio, mas infelizmente essa é a sina do “Imperador” nos últimos anos).

O melhor marketing para os dois, agora, é entrar em campo e fazer gols. Esperar um novo Ronaldo é tarefa mais do que improvável. O peso do Fenômeno, literalmente, é outro.


Levir Culpi dá o exemplo no Japão
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Erich Beting

Acabamos de entrevistar o técnico Levir Culpi no Bandsports durante a transmissão do amistoso da seleção do Japão contra o time de estrelas da J-League, a liga de futebol do país asiático devastado pelo terremoto do último dia 11 de março.

Levir está morando em Osaka, cidade onde acontece o amistoso e que não sofreu com o abalo no solo japonês.

No bate-papo, o treinador do Cerezo Osaka disse que foi procurado por Santos e Fluminense para voltar ao Brasil. Depois de pensar, recusou o convite.

“Não é o momento de fazer isso. Achei que não seria correto deixar o país. Jogamos apenas uma partida da J-League e, mais do que isso, achei que deixaria uma péssima imagem se resolvesse deixar o Japão, pareceria um momento de fraqueza. E isso fecharia o mercado para mim e para outros treinadores brasileiros aqui no Japão”, disse Levir.

Uma aula de ética dada por ele. E, muitas vezes, é isso que falta ao futebol, especialmente no Brasil. Sermos mais éticos, entendermos que não é sozinho que se constrói as coisas.

Ah, Levir também contou que está escrevendo um livro com o título “Um burro com sorte”.

Uma brincadeira, claro, com a maneira como era “gentilmente” tratado pelos torcedores no Brasil. Mas o mais curioso foi quando ele relacionou a reconstrução japonesa após o desastre do início deste mês com a incompetência brasileira em gerenciar a Copa do Mundo.

“O Japão foi reconstruído após a guerra baseado na educação de seu povo. E aí fica a dúvida quanto à imagem que o Brasil está passando para o mundo com a Copa. Teríamos uma grande chance de mostrar que somos um país sério”.

Pois é, Levir. Infelizmente, ética é uma palavra que anda em falta por aqui.


O cara – 2
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Erich Beting

Atendendo a pedidos, minha visão sobre o goleiro-centenário-artilheiro! O texto foi publicado na Universidade do Futebol nesta segunda-feira. E o leitor mais atento deve ter visto que a história do Djokovic foi ao ar no sábado, antes do clássico entre São Paulo e Corinthians.

Cemsacional

Rogério Ceni, Rogério Cem, Rogério 100ni.

A história escrita na tarde de domingo na Arena Barueri foi digna daqueles grandes acontecimentos do futebol. Fim de tabu, centésimo gol marcado por um goleiro, defesas espetaculares, rivalidade à flor da pele, expulsões, discussões…

Tudo contribuiu para surgir uma grande história, daquelas que passam de geração para geração, que fará com que, no futuro, a Arena Barueri tenha tido mais de 500 mil espectadores naquele 27 de março de 2011.

E no centro de tudo isso estava o camisa 1. Goleiro que também é artilheiro, goleiro-artilheiro centenário, como nunca antes na história do futebol aconteceu e que, muito provavelmente, ele vai inspirar novas gerações a buscarem essa história.

Rogério que sabe se posicionar como poucos. Não só dentro da meta, mas especialmente nas entrelinhas, nas entrevistas, nas cutucadas a rivais e a mazelas contra o seu São Paulo.

Rogério que faz questão de ser diferente. Que vestia a 01, para provar que não era um simples camisa 1. E que agora passa a envergar o uniforme com o número 001 às costas, alusão direta ao centésimo tento anotado e ao marketing brilhante que a Reebok costuma fazer com o Tricolor paulista.

Rogério que faz valer o bordão “quanto mais eu treino, mais sorte eu tenho”. Porque há 15 anos se especializa em fazer gols de falta, treinando à exaustão as cobranças e, mais do que isso, estudando comportamento de goleiros adversários para saber como fazer o gol.

Rogério que é obcecado pela perfeição, tanto que no jogo que consagrou sua artilharia fez uma defesa para Gordon Banks nenhum colocar defeito. Defeito que ele pode até ter visto na madrugada de domingo para segunda-feira, em sua casa, revendo onde acertou e onde errou no jogo que ficará para sempre na memória.

Foi Cemsacional.


O cara
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Erich Beting

Dentro de quadra, Novak Djokovic segue uma trilha para completar o melhor início de temporada do tênis mundial (são 19 vitórias em 19 jogos neste ano de 2011). Fora dela, o sérvio começa a dar sinais que, em breve, também baterá um recorde atrás de outro. Carismático, Djokovic tem se tornado cada vez mais o astro que faltava para o tênis mundial.

Polarizado em Federer e Nadal, o tênis tinha de encontrar uma nova cara, de preferência mais “rebelde” para conseguir chocar e produzir notícia. Ao que tudo indica, Djokovic é o cara. Basta ver a promoção que ele fez com a Head, sua fornecedora de raquetes, antes e durante o Masters 1000 de Miami, iniciado na última semana.

Para promover a nova raquete, o sérvio “disputou” uma partida em cima de um avião, como mostra o vídeo abaixo. Dias depois de o vídeo ser lançado, ele apareceu caracterizado de piloto antes da estreia em Miami (venceu o jogo por 6/0 e 6/1), como é possível ver logo depois do vídeo.

Com o desempenho em quadra cada vez melhor, a tendência é que Djokovic seja o novo astro publicitário do tênis mundial.


BTG Pactual dá novo alento a estádio do Palmeiras
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Erich Beting

Na semana passada foi oficializada a compra de 65% da WTorre pelo BTG Pactual, fundo de investimentos que tem se especializado na aquisição de empresas com grande potencial de negócios porém com grande risco para a concretização dos mesmos. Para ilustrar bem isso, vale lembrar que foi o BTG quem comprou o Banco Pan-Americano de Silvio Santos.

A concretização do negócio é vista no mercado como uma espécie de “salvação” do novo estádio do Palmeiras. Endividada, havia receio de que a WTorre não conseguisse terminar as obras da Arena Palestra Itália. No ano passado, a tentativa frustrada de a construtora lançar ação em bolsa era vista como mais um indício de que a reforma do estádio palmeirense corria o risco de se tornar uma lenda.

Dentro do próprio Palmeiras, a chegada do novo parceiro é considerada benéfica, já que daria mais credibilidade ao mercado para o projeto. Ainda assim, o clube e a Traffic continuam a trabalhar em busca de uma empresa para a compra do naming right do estádio. A oferta de R$ 10 milhões ao ano por dez anos ainda encontra dificuldades para ser aceita no mercado. Mais de cem empresas foram procuradas até agora, porém menos de dez demonstraram interesse no negócio.

Vale lembrar. No futebol, o melhor acordo de patrocínio de um estádio é o da Allianz com o Bayern, na Alemanha. Para dar nome à arena do time alemão, a seguradora gasta 6,5 milhões de euros ao ano. Ainda incipiente no Brasil, não existe um parâmetro para um acordo de naming right no país. O balizamento só deve vir com o surgimento de negócios a partir das praças que estão sendo construídas agora.


Brasil segue na contramão dos negócios
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Erich Beting

No mesmo dia em que o Corinthians anunciou o acordo com a Rede Globo para a transmissão dos jogos do Brasileirão de 2012 a 2015, o presidente da Uefa, o ex-jogador Michel Platini, disse que as seleções europeias não poderão mais vender separadamente os seus jogos para a TV. A justificativa de Platini é simples: só assim o futebol pode se desenvolver melhor em nações menores ou com menor poder de atração para a telinha.

Por aqui, continuamos a remar contra o óbvio.

A negociação individual facilita o clube grande. Ele consegue ganhar mais dinheiro, claro, porque tem maior poder de barganha. Mas esse tipo de venda dificulta o clube menor, que não consegue ter tanta força de negociação e, consequentemente, fica com valores menores.

Isso gera um efeito “bola de neve”. Com condições desiguais de arrecadação, os clubes menores ficam em piores condições para se reforçar e, assim, a competição fica desigual. Isso, no longo prazo, prejudica o produto futebol, que está acima dos clubes e é fundamental para assegurar mais receita para todos os envolvidos nele.

Platini deixou claro isso ao determinar a venda coletiva na Uefa. A mesma Uefa que, na negociação da Liga dos Campeões de clubes, seu maior produto, separa uma porcentagem para o que chamam de “solidariedade”, que é a destinação dessa verba para clubes e países que não conseguem disputar a competição.

O esporte é baseado na competitividade. Dentro de campo, de quadra, da pista ou da piscina, esperamos ver a disputa até o último segundo. Se a divisão de receitas for desigual, rapidamente o campeonato torna-se desequilibrado. E, aos poucos, diminui o interesse do público, das empresas e da grana pelo produto. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a Fórmula 1 durante a Era Schumacher. Durante anos a FOM, que organiza a competição, tentou achar um jeito de tornar a F1 interessante para público e empresas.

O produto futebol é forte, não acabará. Mas será muito complicado se, nos próximos anos, assistirmos a um grande desequilíbrio na competição. O primeiro passo para isso foi dado. Curiosamente, há três anos o Brasil era apontado como referência no modelo de negociação de TV para o futebol europeu. Hoje, retrocedemos para algo que a Europa debatia e via a solução no nosso país.


Jogo de valores só complica definição da TV do Brasileirão
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Erich Beting

O Grêmio foi o primeiro clube a publicamente anunciar o acerto com a Globo para a transmissão de seus jogos do Campeonato Brasileiro pelos próximos quatro anos. Os detalhes do acordo, porém, não foram revelados, o que iniciou uma queda de braço e um corre-corre entre os próprios clubes para saber o quanto realmente entrará nos cofres gremistas.

Na noite desta quinta-feira, a Record aproveitou para jogar mais lenha na fogueira, dizendo que registraria em cartório ofertas para Corinthians e Flamengo no valor de R$ 100 milhões ao ano cada uma pela transmissão apenas na TV aberta dos jogos dos dois times no Brasileirão. A estratégia da Record é mexer com a cabeça de outros clubes que ainda não fecharam com a Globo e de jogarem nas costas dos dois primeiros dissidentes do Clube dos 13 a responsabilidade de, talvez, fecharem por um valor menor seus contratos de TV (leia a reportagem completa aqui).

Esse é o primeiro reflexo da instabilidade que vai tomar conta do futebol brasileiro nas próximas semanas, enquanto essas negociações continuarem.

Uma coisa é certa. A Globo tem balizado suas negociações conforme uma realidade de mercado. O Grêmio não vai conseguir triplicar suas receitas com TV neste momento, uma vez que a Globo tem trabalhado com ofertas próximas do dobro do que era ganho pelos clubes, o que seria o cenário ideal imaginado pelo C13 quando abriu a licitação pelos direitos.

A implosão do C13 está mais do que certa. O problema é conseguir reunir todo mundo e juntar os cacos de negociações frustradas e pouco transparentes depois disso. Apesar de todos os absurdos de princípio da entidade que representava até pouco tempo os 20 clubes de maior torcida do Brasil (o que já era, de partida, um erro, por não ser representativo dos 20 clubes da Série A do Brasileiro), fatalmente o futebol brasileiro dá um passo para trás.

Tal qual o mercado de patrocínio dos clubes, que é dominado pela total falta de transparência e amadorismo na relação dos valores envolvidos, agora a televisão também caminha para esse processo. Para o torcedor comum, talvez isso pareça não significar qualquer problema, já que, iludido pelas declarações pouco responsáveis dos dirigentes, cifras mágicas parecerão a mais pura verdade.

Só que o mercado tem cada vez mais deixado de ser amador. Não existe empresa que acredite em declarações efusivas de valores totalmente fora do padrão.

A discussão da TV se perde, mais uma vez, nos valores que A, B ou C ganham, dizem que ganham ou acham que deveriam ganhar. O torcedor quer contar vantagem do rival na conversa de bar, dizendo que seu clube vale mais que o do outro. Mas ele não consegue entender que, quando não existe união entre os clubes em negociações, quem perde são os próprios clubes. Principalmente porque, a partir de agora, quase nada do que se falar em termos de valores de contratos de TV é verdade.

E, nesse sentido, complica-se cada vez mais o cenário para que tenhamos uma definição de qual emissora exibirá a competição no ano que vem. E aí será complicado para o torcedor entender que o orgulho de ver o time ganhar mais poderá significar que ele simplesmente não conseguirá acompanhar seu time pela TV a partir de 2012.

O cenário continua absolutamente enevoado. Era tudo o que as TVs precisavam para não gastar tanto com o produto futebol e, mais do que isso, perpetuar a desunião entre os clubes, o que só enfraquece o poder de negociação dos times, fazendo com que o melhor produto para a televisão brasileira valha muito menos do que poderia.


Jornal italiano dá show em ativação de patrocínio
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Erich Beting

A Gazzetta Dello Sport é um dos mais tradicionais jornais italianos. Leitura obrigatória num país fanático pelo esporte e, especialmente, pelo futebol, a Gazzetta fez uma ação no último final de semana antes do jogo entre Milan e Bari, em Milão. Confira no vídeo abaixo como eles conseguem levar até a última instância o conceito de ativação de uma propriedade dentro do esporte.

A brincadeira foi contratar atores que, vistos de longe, se parecessem com os atletas que, dali a alguns minutos, entrariam em campo para o jogo. A ideia era mostrá-los fazendo mais coisas do que apenas jogar futebol, revelando o caráter “poliesportivo” do jornal italiano.

Enquanto, por aqui, as marcas ainda confundem ativação de patrocínio com lançamento de promoções via redes sociais, esquecendo-se que o mais importante é o evento esportivo, por lá a Gazzetta usou exatamente o estádio para criar algo diferente. Depois de feita a ação, o marketing viral entrou em cena, fazendo com que a iniciativa se perpetuasse pelas mídias sociais (o Youtube é um dos exemplos).


Se fosse aqui…
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Erich Beting

A festa na Trafalgar Square foi perfeita. Sebastian Coe, presidente do Comitê Organizador Local dos Jogos Olímpicos de 2012 atuou como o grande mestre de cerimônias do evento de lançamento do relógio com a contagem regressiva para o início das Olimpíadas de Londres.

A festa marcou o início da contagem dos 500 dias para que Jogos comecem, e obviamente patrocinadores, autoridades e organizadores estavam a postos para mostrar a grandiosidade, pontualidade e eficiência londrina na gestão do evento.

Só que o relógio, fabricado pela marca suíça Omega, apresentou problemas na madrugada desta terça-feira. A contagem começou perfeita. Mas o relógio parou de funcionar na marca dos 500 dias, 7 horas, 6 minutos e 56 segundos para o início do evento. O problema foi sanado pouco depois, como mostram as fotos abaixo.

Uma tremenda falha, que não compromete os Jogos, mas que deixa aquela sensação no ar.

Ah, se fosse por aqui…

O relógio, na hora do lançamento, com sua pontualidade britânica

E os técnicos arrumando o relógio já na tarde desta terça-feira


Venda individual faz Espanha ganhar menos com TV
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Erich Beting

Das cinco maiores ligas de futebol da Europa (Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália), aquela que proporcionalmente ganha menos com a televisão é a que não possui um contrato coletivo para a venda dos direitos de transmissão.

O levantamento, feito pelo blogueiro por meio de fontes oficiais e pesquisa na internet, levou em conta apenas as ligas que mais dinheiro movimentam na Europa e também que passaram, de uma forma ou de outra, por ações na Justiça por discussão sobre modelo de negociação dos direitos.

Como já falei por aqui há algum tempo, em diferentes períodos nas duas últimas décadas, a Europa debateu qual deveria ser o melhor modelo para negociação dos direitos de TV dos seus campeonatos.

O primeiro choque aconteceu em 1999, na Inglaterra, quando o sistema de venda por meio da liga foi questionado, tendo a Justiça britânica decidido que esse era o meio de garantir o “maior interesse público” para o consumidor. O embate mais recente foi há dois anos, quando a União Europeia passou a defender a venda coletiva como a mais correta para garantir aos clubes um maior equilíbrio na sua geração de receitas.

E os números mostram claramente isso. Nas cinco maiores ligas da Europa, a Inglaterra, que há mais tempo adota a venda coletiva, tem disparado o melhor contrato de TV.

A Espanha, que até 2015 seguirá com a venda individual, fica com a quarta posição, mas com um detalhe importante. Dos 550 milhões de euros que são arrecadados pelos espanhois, 300 milhões ficam para Barcelona e Real Madrid. Ou seja, mais da metade se concentra com dois times, não a toa os dois únicos que disputam o título. A tendência é que a Espanha ainda vá para o último lugar da tabela, a partir de 2013, quando os alemães renegociam seu contrato de TV.

Veja os detalhes abaixo.