Negócios do Esporte

Arquivo : abril 2011

O melhor gol colorado
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Erich Beting

O melhor gol anotado pelo Inter fora de casa na partida contra o Peñarol foi antes do jogo. Um anúncio no diário “El País”, do Uruguai, exaltava o jogo que seria realizado nesta quinta-feira e que terminou empatado em 1 a 1.

No anúncio (a foto abaixo, publicada no site do Inter, mostra a peça veiculada no jornal uruguaio), o Inter parabenizava o adversário e lembrava da grande história de ambos. Dizia, ainda, que aguardava o time do Peñarol com todo o respeito na partida de volta, na quarta-feira que vem.

A ação ajuda a colocar a marca do Inter no mercado uruguaio, além de criar uma empatia com o torcedor do Peñarol. A peça, criada pela agência de publicidade que atende o clube gaúcho, tem tudo para virar case para o futebol. Rivalidade boa é aquela em que há respeito entre os torcedores.

Quem aproveitou e pegou carona na ação foi a Reebok, fornecedora de material esportivo do Inter. A empresa, também de olho no mercado do Cone Sul, deu a sua “assinatura” para a publicidade.


O futebol atingiu o seu limite de valor?
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Erich Beting

Pelo Twitter, recebi algumas sugestões de pessoas interessadas em alguns temas para tratar no blog. E o único assunto que teve mais de um leitor interessado foi sobre a ausência de um patrocinador máster para o Flamengo depois da badalada contratação de Ronaldinho Gaúcho.

Muitos não entendem onde está o problema. E a resposta não é tão simples assim. Temos tentado, na Máquina do Esporte, achar a resposta para algumas movimentações do mercado de patrocínio nos últimos tempos. A febre de marcas nas camisas é, afinal, um movimento bom ou ruim? Uma solução de curto ou longo prazo para o futebol?

A resposta passa, também, pelo caso do Flamengo. A presença de Ronaldinho Gaúcho, talvez o jogador que tenha marqueteiramente mais se aproximado de Ronaldo nos últimos anos, seria um atrativo mais do que suficiente para que as empresas decidissem colocar sua marca no uniforme do Fla.

Mas será que o valor cobrado está próximo do que ele vale?

Essa é um dos pontos-chaves de discussão hoje dentro das próprias empresas. O futebol no Brasil tem exigido valores altíssimos dos patrocinadores. Hoje, o patrocínio custa o dobro de cinco anos atrás. Só que a entrega dessa exposição foi reduzida com o festival de marcas que tomou conta dos uniformes (seja via patrocínios pontuais, seja pelas propriedades esdrúxulas criadas).

Com isso, patrocinadores fortes e tradicionais, que usam o patrocínio no futebol mundialmente (Samsung e LG são os dois melhores exemplos), pularam fora do barco. Para piorar, a lista de empresas dispostas a pagarem cerca de R$ 30 milhões por ano não é tão grande assim, ainda mais numa aposta arriscada (sim, Ronaldinho Gaúcho não representa unanimidade entre consumidores e investidores, nem mesmo com uma eventual conquista do Estadual do Rio pelo Flamengo).

Não é incompetência da diretoria Rubro-Negra, mas a junção de uma série de fatores que prejudica o Flamengo na luta para encontrar uma marca disposta a investir tanto dinheiro. As opções lógicas do mercado nos últimos anos, que se tornaram BMG e Hypermarcas, já não são alternativas (a BMG por estar na manga da camisa e a Hypermarcas por já ter estourado com o Corinthians seu orçamento).

O futebol é um grande negócio, mas os clubes precisam entender que todo bom negócio tem um valor. Parece que o futebol atingiu o seu limite.


A derradeira homenagem ao Pacaembu*
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Erich Beting

Não tem como o paulistano não gostar dele. Localizado numa região central, em meio a árvores, com uma grande área para circulação a pé em seu redor, uma distância ótima do gramado para a arquibancada, uma grande região para poder passear na parte inferior, um palco de decisões memoráveis do futebol…

Sempre achei que o Pacaembu é o estádio do tamanho perfeito. Nem tão grande para ser frio como o Morumbi, nem tão acanhado para ser palco só de jogos menores. Não há provavelmente um paulistano que goste de futebol que não tenha tido uma lembrança maravilhosa do estádio da capital.

A idade não me permitiu assistir aos grandes clássicos pré-Morumbi lá no Pacaembu, mas vivi boa parte dos grandes jogos da infância por lá. Inclusive o primeiro deles, ainda com sete anos, numa partida de masters entre Brasil e Itália, uma reedição da final da Copa de 1970. Foi o jeito de poder dizer que vi Pelé em campo, mesmo mais velho, com direito a programa para ir a família toda, da avó Itália Roma aos primos que torciam para outros times.

Depois, nos anos 90, a reforma do Morumbi carcomido pelo tempo permitiu que alguns grandes jogos fossem para o Pacaembu. O mais divertido deles, sem dúvida, a decisão do Campeonato Brasileiro de 1994, num show palmeirense sobre o Corinthians. Semanas antes, pude acompanhar um embate dos dois alviverdes, numa bela vitória do Palmeiras sobre o Guarani de Amoroso em partida que praticamente definiu o título nacional.

Consegui ver Casagrande do “outro lado” num Corinthians e Flamengo de arrepiar em 1993, também acompanhei Romário acabar com Amaral num outro encontro entre as duas maiores torcidas do país. Isso sem falar em diversas noites de casamento perfeito entre os times do Corinthians e sua torcida, talvez a melhor combinação para o Pacaembu em sua história.

Ou, ainda, como não lembrar do memorável Santos 5×2 Fluminense do Campeonato Brasileiro de 1995, quando time e torcida não pararam nem no intervalo de uma das mais vibrantes e lindas atuações do Peixe em sua história recente?

Nesta última semana, Santos, Palmeiras e Corinthians fizeram do Pacaembu a sua casa. Força das circunstâncias, mas que parece ser cada vez mais uma volta no tempo. Em quatro jogos (sendo dois do time alviverde), eles reuniram mais de 100 mil pessoas para torcer, cantar, sofrer e vibrar com suas paixões.

Foram jogos que lembraram o quanto o Pacaembu é importante para a história do futebol em São Paulo. O estádio do tamanho ideal para ficar sempre cheio, aquecido, vibrante, apaixonante. O charme de sua entrada com a praça simbolizando um “ponto de encontro” para os torcedores, o eco do grito da torcida sufocado pelos morros que o cercam, o torcedor que sobe a ladeira e se arruma onde é possível só para não perder um pouco da festa.

Parece que, sem querer, os times de São Paulo (o Santos incluído nessa conta, por tudo o que representou na época de ouro de sua história e do estádio com Pelé e cia. bela desfilando em seu gramado) decidiram prestar, nesses últimos tempos, sua homenagem ao Pacaembu.

O único estádio paulistano que é tombado pelo patrimônio histórico deverá ficar sem “dono” depois que a Copa do Mundo passar. Palmeiras e Corinthians teoricamente estarão com novas casas a partir do cada vez mais próximo 2014.

Uma pena. Não pela modernização e melhoria no serviço prestado ao torcedor, que só tem a ganhar com estádios mais modernos e com tudo o que eles apresentam de melhor. Mas por tudo o que representa o Pacaembu, seu destino deveria, sem dúvida, ser outro.

É inaceitável que um estádio para 40 mil pessoas, em ponto central da cidade, próximo de metrô, com fácil acesso via transporte público e também privado, seja simplesmente abandonado de uma hora para a outra.

O Pacaembu tem espaço e estrutura suficientes para ser modernizado para o torcedor conservando todo o charme de sua fachada dos anos 40/50. É o palco mais centralizado possível para aguentar o tranco de uma Copa do Mundo e, mais do que isso, para continuar a ser o estádio de tamanho perfeito para a cidade de São Paulo.

Que pelo menos a gente aproveite os próximos dois anos de muito futebol no Pacaembu. Porque o sentimento de vazio depois que a Copa chegar vai ser grande. Façamos, pois, uma linda e derradeira homenagem ao Pacaembu.

*Coluna publicada originalmente na Universidade do Futebol


Ah, os pontuais…
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Erich Beting

Tinha prometido para mim mesmo que não escreveria mais nada por aqui sobre a decisão de as empresas investirem em patrocínio pontuais no futebol acreditando, realmente, que basta o relatório de retorno de exposição em mídia para que o investimento valesse a pena. Mas não deu para resistir.

Acabo de receber um comunicado à imprensa sobre o aporte que a fabricante de pisos esportivos Recoma fará no uniforme do Horizonte, do Ceará, nos dois jogos contra o Flamengo pela Copa Kia do Brasil. O título do material é o seguinte:

“Recoma acerta décimo patrocínio no futebol em seis meses”.

E aí, leitor, arrisca-se a dizer quais são as outras nove ações feitas pela empresa desde setembro de 2010? Onde você se lembra de ter visto a marca?


Concorrência faz marcas “mimarem” corredores
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Erich Beting

Prova de corrida de rua virou sinônimo de “mimo” para os seus corredores. A explosão do mercado de corredores, algo que há cinco anos vem crescendo constantemente nas grandes capitais (São Paulo é a principal delas), tem feito com que as grandes marcas se estapeiem na disputa pela lembrança dos atletas.

Relacionada muito mais à qualidade de vida do que ao esporte de alto rendimento, a corrida já dá sinais de saturação, pelo menos em São Paulo, que recebe mais de cem provas ao longo do ano, ou mais de uma corrida por final de semana. Mas, para as marcas, parece que o céu é o limite.

No último domingo, a Mizuno promoveu a sua prova de 10 milhas (ou 16km). Com 5 mil participantes, a marca se preocupou em criar um ambiente que levasse o consumidor a vivenciar não apenas uma corrida, como a própria marca de tênis. Massagens para os atletas, salão de cabelereiro para as mulheres corredoras, teste para adequar o calçado ao tipo de pisada e ainda uma loja oficial da marca foram instaladas no Jockey Club de São Paulo.

No final das contas, é muito mimo para os participantes da prova. Mas a pergunta que não sai da minha cabeça, até agora, é uma só.

Será que tudo isso vai fazer a pessoa resolver comprar o tênis da marca ou só vai achá-la muito legal?

As fotos abaixo mostram um pouco da megaestrutura montada. O corredor, sem dúvida, agradece.

Área de relacionamento com o corredor

O espaço exclusivo para as mulheres


No final dá certo?
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Erich Beting

“A frase típica do brasileiro é aquela “no fim dá certo”. O Brasil é um país moderno, de grande crescimento econômico, com pessoas de grande talento, mas tem aquela coisa cultural de deixar as coisas para amanhã e no final dizer “vamos dar um jeito”. Para um espanhol é mais fácil de compreender isso do que para um americano”.

A declaração acima é de Ferran Soriano, entrevistado da próxima edição da Revista Máquina do Esporte que será publicada em breve. Soriano, presidente da Spain Air, foi também o CEO do Barcelona no período de recuperação financeira e adminsitrativa do clube espanhol na metade dos anos 2000. Além disso, morou durante alguns anos no Brasil, a trabalho.

Sua declaração sintetiza bem como costumamos pensar e agir no dia a dia. Mas, como ele mesmo diz na sequência do bate-papo, em se tratando de Copa do Mundo, é temerário acreditar que “no final dá certo”.

O Ipea demorou três anos para soltar o relatório sobre a questão aeroportuária brasileira. Não adianta nada vir agora e dizer que não haverá tempo hábil para as reformas. Esse estudo, e a cobrança pelas melhorias, precisariam ter acontecido em 2008, um ano após o Brasil ter sido eleito sede da Copa. Em novembro daquele ano, já se sabia que o país não só tinha ficado bem para trás da organização da Copa do Mundo da Alemanha, mas já começava a perder os prazos tal qual a África do Sul havia feito.

O aeroporto, no Brasil, não está preparado nem para atender à demanda atual. Não deveríamos precisar de uma Copa do Mundo para obrigar o país a se preparar para ser a “quinta maior economia do mundo”, como não se cansa de declarar o governo. Precisamos é parar de pensar como um país de quinta.


O novo patamar na gestão de carreira de atletas
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Erich Beting

A agência de marketing esportivo 9ine anunciou há pouco um acordo para o gerenciamento da carreira de Falcão, astro do futsal (leia aqui). É o segundo negócio da agência, que tem Ronaldo como um de seus sócios, nessa área de gestão de imagem de atletas. O primeiro acordo estrelado foi com o lutador Anderson Silva.

Só que o noticiário todo foi dominado pela reunião que Ronaldo fez, também com a 9ine, com o meia Paulo Henrique Ganso, do Santos. O atleta poderia, pela notícia divulgada nesta manhã no diário esportivo Lance!, passar a fazer parte da 9ine e também do Corinthians após a disputa da Copa Santander Libertadores pelo clube do litoral paulista.

Muitos pedem mais ética, lisura e transparência nas negociações de Ronaldo neste começo de nova carreira. Natural, ainda mais com o alvoroço que ele tem causado na área.

O fato é que, muito provavelmente, alcançaremos um novo patamar dentro do mercado de gestão de imagem de atletas depois da entrada da 9ine nessa empreitada.

Ronaldo se deparou, ao voltar para o Brasil, com uma grande oportunidade de mercado. Por aqui, simplesmente não há qualquer planejamento sobre o trabalho a ser feito com a imagem de grandes atletas. Dependemos, e muito, da boa vontade de empresas e do próprio “faro” do atleta ou de pessoas que o cercam para que alguns poucos negócios sejam realizados.

É só ver o quanto evoluiu esse mercado para o atacante Neymar desde que ele e a diretoria de marketing do Santos passaram a trabalhar, ainda de forma um tanto quanto amadora para os padrões executados na Europa e nos Estados Unidos, na gestão de contratos de imagem do jogador.

Com Ronaldo e a 9ine, muito possivelmente alcançaremos um novo patamar em relação a isso. Para melhorar, o atleta, no Brasil, é cada vez mais visto como uma boa imagem para engajar as campanhas publicitárias das marcas. Com a realização de Copa do Mundo e Jogos Olímpicos por aqui nos próximos anos, a tendência é que o atleta seja ainda mais valorizado.

Mas qual a diferença da entrada de uma 9ine para o mercado? No passado, a Traffic, toda poderosa do mercado, tentou sem sucesso montar um braço para cuidar da imagem de atletas.

O fato é que a chave para que o atleta aceite a ter um trabalho mais profissional na gestão da sua carreira está na confiança que a pessoa tem em quem realiza esse trabalho. Aí, ninguém melhor que Ronaldo para “conquistar” o maior e mais expressivo números de clientes.

O mercado só tende a crescer, mesmo que, num primeiro momento, questione-se a maneira como Ronaldo tem atraído seus clientes. Nessa seara, a rede de relacionamento é o principal motivador de novos negócios.


Fim de semana de bons exemplos
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Erich Beting

O esporte tem uma capacidade de mobilização das pessoas que transcende muitas barreiras. No último final de semana, especialmente, o esporte no Brasil deu mostras de como ele pode servir para, talvez, ajudar a melhorar a vida das pessoas.

Começou na manhã de sábado, com a cortada que o time do Vôlei Futuro deu no preconceito sexual. Equipe que entrou de rosa em quadra, viu o líbero Mário Jr. vestir o arco-íris e, no fim, não só Michael sair como grande vitorioso de uma partida que pode marcar a virada na homofobia que ainda impera em nossa sociedade.

Depois, no domingo, o futebol marcou os seus golaços. No Engenhão, Loco Abreu usou uma chuteira de cada cor (uma preta e a outra branca) para mostrar que gol, e vida, não tem cor, mas sim existência.

Outras duas demonstrações de que, se não ajuda a cicatrizar a ferida, pelo menos pode colaborar em reduzir o sentimento de perda, os times de Corinthians e Flamengo prestaram sua homenagem às crianças de Realengo.

Exemplos que, sem dúvida, não resolvem nossos problemas, mas que mostram que o esporte não pode ficar à parte do que acontece na sociedade.

Historicamente o esporte é uma das maneiras mais eficientes de mobilização das pessoas. A forte presença da mídia na cobertura esportiva, o interesse da população em consumir o esporte e a sua capacidade aglutinadora são ingredientes mais do que suficientes para o esporte dar o exemplo.

De preferência ótimos exemplos, como os do último final de semana.


Megaeventos levam fabricantes a mudarem comando
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Erich Beting

Primeiro foi a Nike, que mudou o controle do escritório brasileiro. Agora, a Adidas acaba de anunciar a troca de comando da subsidiária do país que receberá a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos nos próximos cinco anos (leia aqui).

O movimento sobre as duas principais fabricantes de material esportivo do mundo se explica exatamente pelos grandes eventos.

O olho das matrizes das grandes empresas globais finalmente se volta para o Brasil. E isso tem gerado, nesse primeiro momento, a colocação de executivos de confiança das empresas nos postos mais importantes das subsidiárias brasileiras.

A estratégia, porém, pode significar, no curto prazo, um período de adaptação para essas grandes marcas. No caso da Adidas, a operação passará a ser comandada por um executivo sem experiência no país. No da Nike, um profissional que não fazia parte da empresa agora cuida do escritório brasileiro.

Para além dos cargos de chefia, porém, as mudanças ainda não são tão significativas. Mas, certamente, no médio prazo novos postos de trabalho devem surgir por conta do aumento de demanda dos megaeventos.

A pergunta ainda sem resposta é qual será o tamanho do mercado brasileiro de esporte depois que a festa passar. Do jeito que está, o risco da ressaca gerar uma leve dor de cabeça é cada vez maior.


O negócio nunca é maior que o esporte
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Erich Beting

Neymar foi expulso no jogo do Santos contra o Colo-Colo por vestir uma máscara na comemoração de seu gol. Em meio a discussões acaloradas sobre a regra do jogo em si, um importante detalhe só foi ser debatido na manhã desta quinta-feira.

A máscara que o jogador vestiu fazia parte de uma nova ação de marketing da Nextel, patrocinadora do jogador (leia os detalhes aqui).

Além do erro do jogador, que mais uma vez provou não estar maduro o suficiente para conhecer as regras de jogo, o caso mostra o quanto as empresas precisam amadurecer quando investem no esporte.

A regra básica deve ser respeitada: o melhor negócio do esporte É o esporte. Não dá para estar acima dele. O negócio nunca pode ser maior do que a essência, que é o esporte.

A Nextel teve uma boa sacada. Queria distribuir a máscara entre os torcedores santistas presentes à Vila Belmiro e, assim, valorizar o seu atleta patrocinado.

Aí é que entra a especificidade do marketing no esporte. Para uma estratégia ser plenamente bem realizada, é preciso não só saber de marketing, mas também ter conhecimento das regras do esporte.

Qualquer um mais entendido saberia que Neymar seria advertido por colocar a máscara. Desde 2007 a Fifa determinou essa regra para acabar com o festival de mensagens dadas pelos atletas nas comemorações de gols.

Aí entra o problema do patrocinador e do atleta não-preparados para atuarem com o negócio do esporte. Ambos desconheciam dessa regra. E o bom negócio de marketing, no final das contas, mostrou ter sido, pelo menos esportivamente, um péssimo negócio.