Negócios do Esporte

Após Brasil, Gillette se apropria de amistosos da Argentina

Erich Beting

Patrocinadora da seleção brasileira e da argentina, a Gillette decidiu ampliar as ações de ativação da marca. Nesta sexta-feira, anunciou que vai patrocinar os últimos amistosos do ano envolvendo as duas seleções. O que antes era para ser mais dois jogos do Gillete Brasil Global Tour agora foi ampliado para o Gillette International Soccer Series, incluindo as partidas da Argentina contra Equador e Bósnia, que também acontecem agora em novembro nos Estados Unidos.

A compra dos amistosos da Argentina já mostram a pisada no acelerador que a Gillette dá tendo em vista a Copa do Mundo. Há mais ou menos quatro anos que a marca começou a se mexer em relação ao Mundial. Começou com o patrocínio a seleções no mercado latino-americano, que tem sido importante para a empresa.

Agora, com a Copa batendo à porta, a marca começa a ativar as partidas amistosas dos principais times patrocinados, sempre usando os atletas que têm contrato com a marca para ações com a imprensa. O patrocínio aos jogos da Argentina é o primeiro passo maior nesse sentido.

A custa de uma grana considerável, a Gillette achou um caminho para se apropriar do futebol na América do Sul e, assim, se relacionar indiretamente à Copa do Mundo. O valor investido, em patrocínio e ativação, acaba sendo menor que aquele que seria investido num aporte à Fifa. O resultado mostra que a estratégia de patrocinador não-oficial pode, muitas vezes, ser mais eficiente e menos custosa.

Mas para chegar a essa conclusão, a Gillette conta com mais de 100 anos de ações de marketing esportivo e, também, com a experiência de já ter sido patrocinadora de Copa do Mundo. Possivelmente após o Mundial muita marca vai perceber que teria sido possível fazer mais coisa com o mesmo dinheiro empenhado no status de ''patrocinador oficial''. E isso servirá como um bom aprendizado para o patrocínio esportivo no Brasil…