Negócios do Esporte

Marketing não é vender patrocínio

Erich Beting

Afinal, para que serve o departamento de marketing de um clube de futebol? Essa pergunta quase sempre é feita e a resposta quase sempre é completamente errada no conceito. Nos últimos dois anos, o que mais se ouviu sobre os bastidores do Palmeiras foi a frase de que o departamento de marketing era incompetente, que não conseguia encontrar, em pleno ano de celebração do primeiro centenário do clube, um patrocinador para a camisa alviverde.

Em menos de cinco dias, o Palmeiras acaba de anunciar o segundo patrocinador para o uniforme do clube. Agora, contrato de um ano de duração, com a Prevent Senior, que já vinha fazendo algumas ações em conjunto com o time. O negócio incrementará em mais R$ 5 milhões os cofres do clube.

O que mudou no clube para que os negócios tenham acontecido?

O departamento de marketing continua com a cadeira de principal executivo vaga desde a saída de José Carlos Brunoro, no fim do ano. Antes dele, Marcelo Giannubilo já tinha passado por lá e não conseguido o tal do ''patrocínio master''. As negociações deste começo de ano foram conduzidas por Paulo Nobre, presidente do clube.

O Palmeiras comprova o básico.Para um clube vender patrocínio, ele não precisa de uma estrutura de marketing, mas de um bom vendedor.

A função do marketing, a partir disso, é garantir ao patrocinador uma entrega além da prometida pelo clube e, também, gerar novos negócios em cima do torcedor do clube. Muito mais do que vender patrocínio, o marketing precisa ser o responsável por encontrar formas de o clube ter novas receitas. Criatividade, inovação, boas ideias, criar instrumentos para vincular o torcedor ao clube…

O marketing não é vender patrocínio. É fazer com que o torcedor esteja cada vez mais bem relacionado com sua paixão. Isso inclui, logicamente, saber vender patrocínio. Mas, mais do que isso, entregar o que foi vendido.

Esse é o maior desafio agora do Palmeiras. A venda foi feita. É preciso, agora, cuidar da entrega.