Negócios do Esporte

Neymar ou Messi? Quem ganha no campo dos negócios

Erich Beting

O duelo Neymar e Messi se aproxima, ou pelo menos parece se aproximar depois de definidas as semifinais do Mundial de Clubes. Mas, no campo dos negócios, qual dos dois é o melhor?

Nas semanas seguintes ao anúncio de seu ''fico'', Neymar fechou três novos contratos de patrocínio: Santander, Claro e Unilever. A trinca de negócios vai assegurar ao jogador santista uma polpuda remuneração anual.

Hoje, Neymar conta com nove marcas patrocinadoras: Nike, Panasonic, Tenys Pé, RedBull, Lupo, Guaraná e as três novas empresas que anunciaram acordos recentes.

Messi, por sua vez, conta com oito patrocinadores pessoais: Adidas, EA Sports, Pepsi, Herbalife, Dolce & Gabbana, Audemars Piguet, Chery e Air Europa.

O número de marcas que cada um tem revela, também, o abismo que existe hoje no conceito de trabalhar os patrocinadores pessoais dos atletas. Nesse quesito, embora Neymar represente uma evolução no mercado brasileiro, Messi ainda dá um banho, e de goleada!

Neymar, hoje, conta com nove marcas e muita discussão até mesmo entre elas de quais propriedades podem ser exploradas. Red Bull e Nike, por exemplo, possuem o direito de ter o atleta usando o boné de cada uma das empresas, num contrato assinado ainda na era pré-profissionalismo da gestão da imagem da Joia santista.

Messi, por outro lado, tem seus patrocinadores divididos em diferentes categorias. A Adidas, que paga uma fortuna, é o ''patrocinador principal''. EA, Herbalife e Pepsi são os ''patrocinadores de mercado de massa''. Já D&G e AP são ''patrocinadores de mercado de luxo'', enquanto Chery e Air Europa são ''patrocinadores para mercados locais''.

Neymar ainda não é um ídolo mundial como Messi (basta ver a recepção de um e de outro na chegada ao Japão), assim como o Barcelona é um clube de muito mais apelo internacional hoje do que é o Santos.

No campo dos negócios, até por conta da diferença de desenvolvimento dos dois mercados, Messi dá um baile no camisa 11 santista. Porém o campo de jogo, aliado a uma agressiva e correta estratégia santista de expandir sua marca internacionalmente, podem começar a ajudar Neymar a mudar um pouco essa história.