A disputa das montadoras chegou ao esporte
Erich Beting
A Chevrolet anunciou na última terça-feira que será a detentora dos naming rights de três Estaduais que começam no final da semana: Paulista, Goiano e Paranaense (leia mais aqui e aqui).
O negócio pode significar uma mudança importante para o mercado de patrocínio esportivo nos próximos anos. A disputa entre as montadoras de carro pode vir a ficar mais acirrada daqui para a frente, aumentando a geração de receita para o esporte.
Até então o mercado contava com dois atores principais. A Volkswagen (com seleção brasileira, Brasil Open de tênis, surfe e outros acordos menores) e a Hyundai-Kia (com a Copa do Mundo e o naming right da Copa do Brasil da Kia).
Com a venda dos carros em alta no Brasil e a economia crescendo, a tendência é que as montadoras invistam cada vez mais no segmento esportivo para poder criar ações diferenciadas ao público, ainda mais as grandes fabricantes, que usam o esporte pelo apelo com o público.
A entrada da Chevrolet e possível confirmação da Nissan como patrocinadora dos Jogos Olímpicos mostram que o cenário está cada vez mais claro para uma disputa deflagrada das grandes montadoras pelas principais propriedades nos esportes de massa.
No final das contas, a Fiat, que até então estava declinando de patrocinar o Palmeiras, poderá se ver ''obrigada'' a não perder uma propriedade de muita visibilidade no mercado.
É só mais uma prova de que a força das montadoras poderá impulsionar ainda mais a lucratividade do esporte no Brasil na atualidade. E olha que as grandes empresas chinesas ainda não olharam o marketing esportivo como ferramenta para aumentar a lembrança de marca e, consequentemente, aumentar as vendas.
O que devemos assistir, nos próximos anos, é um movimento similar ao que viveu o mercado de eletrônicos há uma década, quando LG, Samsung e Panasonic entraram pesado no investimento em esporte por aqui.