Bolt quebra as fronteiras numa velocidade impressionante
Erich Beting
Usain Bolt era, até uma semana atrás, um ilustre torcedor do Manchester United. Volta e meia, pelo Twitter, o velocista jamaicano mandava sua torcida para o clube inglês, comentava jogos e jogadores, mostrava realmente interesse pelo time. Agora, Bolt foi convidado pelo Manchester para disputar uma partida amistosa no ano que vem, contra o Real Madrid.
A atitude do clube inglês chega a ser surpreendente, já que não é tão comum na Europa os clubes ''bajularem'' personalidades de outros esportes. E o motivo é simples. Quase sempre a história dessas equipes é ligada ao futebol (as exceções entre os clubes top de linha atualmente são os espanhois Real Madrid e Barcelona), e por isso mesmo não há tanto costume em fazer uma ligação de atletas de outras modalidades com os clubes.
Mas até nisso Bolt mostra que é um fenômeno. O jamaicano também ajudou o Manchester a ganhar projeção e visibilidade mundiais ao ser associado ao clube, algo que até então era pouco comum de acontecer. Um clube que teve durante quase uma década a força descomunal de mídia e marca que é David Beckham e, depois, contou com Cristiano Ronaldo, precisou agora ir atrás de um cara de fora do futebol para causar repercussão mundial.
Usain Bolt mostra que também é capaz de quebrar as fronteiras numa velocidade impressionante. Depois de Michael Jordan e Michael Schumacher, talvez o jamaicano seja um ídolo realmente global do esporte, daqueles que qualquer modalidade e qualquer entidade desejam criar algum tipo de associação.
Para o bem do esporte no mundo, o que precisamos é justamente de mais atletas assim.