O legado e os megaeventos
Erich Beting
Esse é o tema de uma palestra que darei amanhã no Sesc Vila Mariana, dentro do Play The Game Brasil, encontro para debater a transparência no esporte e que, por conta de Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, acontecerá por aqui. A menos de um ano do primeiro evento de maior importância por aqui, é primordial começarmos a debater cada vez mais o que de fato acontecerá no país por conta dos megaeventos.
Afinal, legado nada mais é a palavra que sintetiza o projeto de marketing de um grande evento. É a história que se conta para aquilo que se quer atingir a partir de uma Copa, de uma Olimpíada ou similares.
E aí entra hoje o maior ponto de interrogação do Brasil para os próximos quatro anos. Será que o projeto que montamos será de fato colocado em prática? Sim, podemos imaginar a festa que teremos durante os eventos, mas do que terá valido tudo se não passar apenas de uma grande festa?
Quando ganhou o direito de sediar as Olimpíadas de 2016, o Brasil vendeu a ideia de que o evento mudaria a cara da cidade que mais simboliza o nosso país para o exterior e que, mais do que isso, proporcionaria ao mundo a visão de um novo país. A menos de quatro anos do início dos Jogos, pouco foi feito para termos a certeza de que o Rio será outro depois de 2016.
No fim das contas, o maior legado que podemos levar é a necessidade de planejar e executar com maestria um projeto. A primeira parte nós fizemos muito bem. A segunda e mais importante, infelizmente, ainda não saiu do papel…