Banco do Brasil “abre” vôlei de praia para JAC
Erich Beting
A JAC Motors será apresentada hoje como nova patrocinadora do Circuito Banco do Brasil de vôlei de praia (detalhes aqui). O negócio é o típico acordo que mostra o quanto o Banco do Brasil se tornou vítima do próprio sucesso que tem com o vôlei.
Com um dos mais antigos relacionamentos no esporte brasileiro (são 22 anos de aporte à CBV), o BB dominou de tal forma o esporte que precisa, agora, ''abrir espaço'' para outras marcas. Na seleção principal da quadra a necessidade é menor, mas na praia, o banco precisa trazer novas empresas para conseguir desafogar a modalidade.
Prova disso é que foi o próprio BB quem participou ativamente da negociação com a JAC para fechar o negócio. Para o banco, era preciso trazer uma nova marca para o vôlei de praia. O negócio atrai outras empresas para o esporte, injeta mais dinheiro para os atletas e, na ponta final do negócio, torna o evento mais atrativo tanto para o público quanto para a mídia. Como tem muitas propriedades sobre o circuito, naturalmente o banco pode abrir mão de algumas delas para ''lucrar'' mais com a aproximação de novas empresas.
Para a JAC, o acordo ajuda a construir a marca da empresa de forma mais efetiva. Patrocinadora do rúgbi, a JAC pouco consegue fazer em termos de massificação de sua marca. Com o vôlei de praia, consegue uma excelente plataforma de relacionamento com o público e também de exposição de seu produto. Como o circuito roda o país todo, a montadora consegue fazer ações locais, incentivando vendas e levando clientes para uma experiência diferente. Além disso, com a transmissão pela TV fechada, o carro da montadora exposto na arena ganha alcance nacional, gerando curiosidade sobre o produto.
Nesse processo de reconstrução do circuito brasileiro de vôlei de praia, a tendência é de que o BB abra ainda mais o esporte para outras marcas. E, no caminho de construção de marca no Brasil, a JAC provavelmente levará outras montadoras chinesas a investirem no esporte.