Negócios do Esporte

Bola vira “salvação” de Adidas na Copa

Erich Beting

A expressão de que o dono da bola é geralmente o dono do jogo virou o norte da Adidas para a Copa do Mundo no Brasil. Nesta terça-feira a empresa alemã mostrou os planos da marca para o país em 2014 e, em todo tempo, tratou de exaltar a ''Brazuca'', bola que será apresentada no próximo mês de dezembro, quando haverá o sorteio dos jogos do Mundial.

A bola virou o grande trunfo da marca para o torneio, já que pela primeira vez desde 1990 não terá, além do patrocínio ao Mundial, os direitos também sobre o país anfitrião da Copa.

Na coletiva, Herbert Hainer, CEO mundial da empresa, afirmou que a marca é guiada por três pilares: eventos, federações e atletas. ''E, nesses três quesitos, estamos muito bem servidos'', disse o executivo.

De fato, com a bola da Copa, dois times favoritos ao título (Espanha e Alemanha) e um dos grandes candidatos a melhor do Mundial (Messi), a Adidas chega à Copa com grandes trunfos para turbinar a exposição de marca e, no fim das contas, ampliar as vendas no mercado.

A meta é alcançar 2 bilhões de euros em faturamento com vendas de produtos de futebol em todo o mundo. No Brasil, é ser a número 1 em 2014 na venda de calçados e líder na venda de bolas em 2015, referendando localmente a liderança no futebol.

A ambição é grande. Resta saber se a torcida do Brasil será traduzida em compras. E aí, nesse caso, a Nike sai na frente por ter um dos maiores ou até mesmo o principal ativo dentro da Copa do Mundo no país, que é o patrocínio à seleção brasileira. Possivelmente o termômetro para os próximos meses virá do desempenho dentro de campo do time brasileiro nos próximos dois jogos que terá pela frente.