Negócios do Esporte

Novas caras faturam com sucesso da seleção

Erich Beting

O título da Copa das Confederações aliviou a barra de Neymar. Com a conquista brasileira, o atacante do Barcelona deixou de ser o único xodó das marcas. A vitória da seleção abriu espaço também para que novas caras começassem a ser exploradas pelos anunciantes.

Nesta quinta-feira, a Gillette apresentou Lucas, Oscar e Paulinho como seus novos ''rostos'' para a campanha envolvendo a seleção brasileira. Nos próximos dias, Thiago Silva e Paulinho devem ser anunciados por outras marcas. E assim deve ser regido o mercado pelos próximos meses pelo menos até abril de 2014, quando entrarão para valer no ar campanhas de empresas para a Copa.

O movimento é lógico. Antes do início das Confederações, o pessimismo de torcedores e mercado em torno do desempenho do time brasileiro fez com que as marcas ficassem numa espécie de posição de espera. Em vez de apostar com tudo na conexão do torcedor com a seleção, a preferência foi por aguardar os acontecimentos dentro de campo para saber o que fazer fora dele.

A situação lembrou muito a do mercado pré-Copa de 2002. Com o time brasileiro em baixa e a competição no fuso horário asiático, pouco, para não dizer quase nada, foi feito pelas empresas. O termômetro que mostra o desempenho similar é a venda de cotas de patrocínio da TV Globo para o evento. A Copa da Coreia e do Japão foi uma das únicas a não vender todas as cotas na emissora, que nesta Confederações nem chegou a comercializar pacotes de publicidade.

Mas com a performance perfeita do time brasileiro em campo, o cenário mudou. E também pulverizou a procura das marcas por rostos que simbolizem a ''nova cara'' da seleção. Nesse ambiente, Thiago Silva, Paulinho e Lucas são os três jogadores que mais se valorizaram. O bom relacionamento com a mídia, a receptividade dos torcedores (no caso de Lucas) e a performance em campo (nos casos de Thiago e Paulinho) são fatores que levam as marcas a olhar com carinho para esses atletas.

A vitória do Brasil conseguiu renovar a seleção dentro e fora de campo. E essas novas caras faturam cada vez mais alto com isso.