Convite a jantar com Pelé vira trunfo da Vivo com clientes
Erich Beting
''Deixei meu carro lá na porta. Se isso daqui for mentira, já desço e vou-me embora''. A frase, um misto de provocação e verdade, foi dita por um abastado empresário do ramo da construção, coincidentemente chamado Edson. Sentei-me ao lado dele na mesa de um salão restrito num requintado restaurante em São Paulo. Nós, assim como outras oito pessoas ali presentes, havíamos recebido o convite para um jantar oferecido pela Vivo com Pelé, que é patrocinado pela empresa.
O propósito daquele encontro era um só. Fazer um mimo com clientes especiais da empresa, que fornece serviços de telefonia fixa e móvel, internet e televisão. Ao todo, dez consumidores de pelo menos um desses serviços foram chamados para levar um acompanhante ao jantar com Pelé.
Edson era um dos mais incrédulos com o evento. Sua única ligação com o futebol era pela empresa da qual é dono, que prestou serviços para alguns dos novos estádios construídos no país. No mais, ele não acompanha, não torce para qualquer clube, mas afirmou que nunca sequer pensou na possibilidade de jantar com Pelé.
Assim como ele, a maior parte dos presentes ficou extasiada quando o Rei do Futebol chegou, por volta das 20h30, ou meia hora depois do horário do convite. Esse, aliás, talvez seja mais um acontecimento para entrar no registro de ''feitos de Pelé''. Eram 20h10 quando os últimos clientes chegaram. Menos de 15 minutos de atraso para um compromisso em São Paulo é algo que poderia ser considerado um recorde. Pelo visto, para um jantar com Pelé, cada segundo conta…
Pelé chegou, foi recebido com uma salva de palmas e cumprimentou os presentes. Depois, reclamou da recepção ''efusiva''. Preferia algo mais informal. Sentou-se numa mesa, serviu-se de alguns aperitivos e então passou a trabalhar. Foi a cada uma das três mesas, tirou foto com os clientes, conversou um pouco com cada um deles e fez mais alguns gracejos. Enquanto isso, os clientes aproveitavam para compartilhar as fotos tiradas nas redes sociais.
Nas cerca de duas horas que ficou por ali entre os três pratos do jantar, comportou-se quase como um ''normal''. Puxou papo com os convidados mais próximos a ele e relembrou algumas passagens de carreira, sempre cercado por dois amigos de longa data, os empresários José Fornos Rodrigues, o Pepito, e Celso Grellet.
Depois do jantar, Pelé autografou, com dedicatória personalizada, um livro autobiográfico para cada um dos presentes, além, é claro, de camisas da seleção brasileira e do Santos que sempre aparecem do nada em ocasiões nas quais ele está presente. Depois, parou em frente à saída e agradeceu a todos pela companhia, não sem antes fazer mais uma brincadeira, dessa vez com o Corinthians.
''Como quase sempre em eventos assim a maioria das pessoas é corintiana, eu só queria deixar uma coisa clara. Sempre dizem que eu não gostava do Corinthians, que sempre vencia os jogos. Poxa, isso não é verdade. Como pode ser verdade se o Corinthians sempre me deu alegrias?'', brincou o Rei do Futebol, para aplausos de uns e lamentações de outros.
O encontro durou cerca de três horas. Com o ''tchau'' do Rei, os convidados também passaram a reunir os mimos recebidos e a ir embora. O evento, que foi o primeiro do gênero feito pela Vivo, agradou a empresa. No próximo mês, será a vez de Anderson Silva ser o astro de um jantar para convidados. O projeto deve ganhar corpo nos próximos meses e até 2016, aproveitando o embalo de Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. Até lá, Pelé deverá aparecer para jantar mais vezes com alguns convidados. Acreditem eles ou não.