Negócios do Esporte

Kaká na seleção. Ou melhor. A serviço dela nos EUA

Erich Beting

Kaká está de volta à seleção brasileira. Com Dunga, o meia disputou a única Copa do Mundo da carreira como protagonista, em 2010. Não foi bem, agravou uma lesão que tinha e, depois dos gramados sul-africanos, seu futebol não conseguiu voltar ao auge do período do Milan. Agora, quase em fim de carreira, Kaká foi para os Estados Unidos.

Então por que Kaká volta à seleção?

Porque o meia pode ser de extrema valia para a promoção dos amistosos que o Brasil fará em solo americano no próximo mês. O meia começa a ganhar popularidade na MLS, então nada melhor do que tê-lo em campo para ajudar a promover as partidas do Brasil por lá.

Os jogos brasileiros nos EUA são quase sempre uma pedida do patrocinador do ''Brasil Global Tour''. Até a Copa, era a Gillette, hoje é a Chevrolet. Mas, quase sempre, esses jogos atraem a comunidade de brasileiros que moram nos EUA, sem gerar para os patrocinadores grandes oportunidades de relacionamento com consumidores locais que vão além do imigrante.

Com Kaká pela seleção, isso pode mudar um pouco. Se tem um país onde a seleção brasileira não é amplamente conhecida do público, é nos EUA. Com o meia que atua em solo americano em campo, o interesse para a promoção do evento fica maior.

É preciso entender que o americano aumentou o consumo do futebol também por conta dos ídolos. As idas de Manchester, Real Madrid e Barcelona para o país durante a pré-temporada são quase sempre feitas tendo como contrapartida a necessidade de escalar, nem que seja por pouco tempo, os grandes astros desses times.

A notícia da convocação de Dunga nem é tanto a de que Kaká voltou à seleção. Muito provavelmente, ele está a serviço da seleção nos EUA. Para ajudar a promover ainda mais o time brasileiro por lá…