Abílio Diniz seria o fato novo que a CBF precisa
Erich Beting
A tentativa de articulação de Marco Polo Del Nero para manter tudo aparentemente como está na CBF tem hoje um dia decisivo, com o término do prazo para inscrições de candidatos para a vaga de vice-presidente da região Sudeste, posto que era ocupado por José Maria Marin.
Há uma corrente, que envolve gente graúda e preocupada com mudanças no futebol, que tenta convencer Abílio Diniz a se lançar candidato.
Nenhum dos 27 presidentes de federações, e dos vice-presidentes que estão na CBF, conseguem ter a imagem forte de Abilio, nem o preparo dele para conduzir mudanças realmente profundas no futebol, mesmo o executivo sendo, até hoje, apenas um fã ardoroso do esporte.
Diniz tem uma oportunidade única.
O problema é que são menos de 3h disponíveis para que ele dê o sim para a proposta. E, se aceitá-la, com a mudança de forças no colégio eleitoral da CBF, conseguiria aplicar a manobra do bem em cima da manobra que vem sendo articulada para que Delfim Peixoto não consiga ser o novo presidente da entidade com a renúncia mais do que certa de Marco Polo Del Nero.
Abilio Diniz Seria o fato novo de que a CBF tanto precisa.
Acossada por crimes cometidos pelos três últimos presidentes e revelados pela Justiça dos Estados Unidos a partir da delação premiada de J. Hawilla, a CBF, por uma questão de sobrevivência, tem de começar a realmente mudar. Até para o nosso futebol não viver da geração espontânea que insiste em nos manter fortes, apesar de tudo.