Instituto Ayrton Senna se apropria do “fator casa” no Rio
Erich Beting
Um dos maiores segredos da comunicação da British Airways nas Olimpíadas de Londres foi capitalizar em cima da importância do ''fator casa'' nos Jogos. A companhia aérea lançou uma campanha em que pedia ao britânico para não viajar, ficar em casa e torcer pelos atletas da Grã-Bretanha na Olimpíada.
A menos de dois meses do Rio-2016, nenhuma empresa soube se apropriar do ''fator casa'' em sua comunicação. Em parte pela péssima situação política do país, outra parte pelo mau humor que toma boa parte das pessoas, o fato é que ninguém pensou (ou executou) uma mensagem que reforçasse a importância da conexão do torcedor com o atleta brasileiro para os Jogos Olímpicos.
Ou melhor. Ninguém havia tido a ideia de fazer isso até o Instituto Ayrton Senna, em parceria com a agência de publicidade JWT, planejar a criação de uma pulseira que, conectada a um aplicativo de realidade aumentada, traz uma mensagem de Ayrton Senna sobre a importância de se jogar em casa.
A ideia é espetacular. E, ao não envolver nenhuma marca, possibilitou ao IAS tornar-se um parceiro oficial não-oficial dos Jogos, se é que dá para entender bem isso… A tendência é que a pulseira pode vir a ser um produto engajado pelos atletas brasileiros no Rio-2016. Com a anuência do Comitê Olímpico e do Comitê Organizador. E com a certeza de que o ''fator casa'' não poderia ter sido tão negligenciado pelos patrocinadores assim…