Comunicar é preciso. E ajuda no patrocínio!
Erich Beting
Já falei muitas vezes por aqui sobre a necessidade de a empresa ir além do que a simples exposição de marca quando decide investir num projeto de patrocínio esportivo. A miopia dos patrocinadores ainda é grande no Brasil, isso sem falar nos clubes, atletas e entidades, que não entendem a importância de seguir além na questão de comunicação do patrocínio.
Sim, também já falei aqui sobre alguns casos brasileiros que mostram que temos, tanto no universo corporativo quanto no esportivo, mentes olhando além na questão do patrocínio. O que muitas vezes não fica claro para o investidor é que, no final das contas, o mais barato para ele é comprar a propriedade, seja ela o patrocínio a um torneio, um atleta ou um time. O dinheiro que ele terá de gastar é na comunicação do patrocínio.
O mesmo tipo de raciocínio se aplica ao esporte. Sim, podemos saber, pela mídia, que uma determinada propriedade está disponível. Ou, ainda, que você fechou um novo patrocínio. Mas o impacto, e o retorno, tornam-se bem maiores e mais efetivos se você buscar a mídia para comunicar isso.
Um exemplo disso é a propaganda em alguns veículos impressos nesta segunda-feira na Europa. Os jornais da Inglaterra estamparam anúncio da Rolex do patrocínio ao torneio de Wimbledom, que começou nesta semana. Os italianos traziam anúncio sobre a reunião anual que a Internazionale faz com os seus patrocinadores, numa forma de aproximar empresas parceiras e gerar mais negócios entre elas. E, na Alemanha, o Bayer Leverkusen mostrou que está ''disponível'' no mercado, com uma peça publicitária para lá de chamativa.
Os três anúncios mostram que, no patrocínio, comunicar é preciso. A mídia tradicional e a propaganda não são substituídas pela exposição da marca. O patrocínio é apenas uma das ferramentas. E, talvez, a menos cara delas.