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Futebol começa a acordar para as redes sociais
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Erich Beting

Um anúncio divulgado praticamente aos 45 do segundo tempo pela Primeira Liga e pelo Twitter, na noite de terça-feira, revelava uma parceria entre as duas empresas para a promoção do campeonato organizado pelos clubes. No dia anterior às semifinais, o Twitter se transformou no primeiro parceiro de mídia oficial de uma competição esportiva no Brasil (detalhes aqui).

O negócio mostra que, aos poucos, o futebol começa a acordar para as redes sociais.

Ter um perfil dos clubes nos principais canais sociais é perceber parte da necessidade de usar esses canais para promoção. Mas levar para um novo patamar, que é a promoção do evento que as redes sociais pode gerar, é parte importante da evolução do esporte e, mais do que isso, sua conexão com o torcedor jovem, necessidade de toda empresa que quer garantir a vida futura.

Nos Estados Unidos, mercado muito mais maduro, a NFL fez acordo com a Amazon para promover filmes de bastidores de equipes no aplicativo concorrente da Netflix (veja aqui). É uma evolução desse negócio. Não é mais só o jogo ao vivo que pode ser um produto que renda valor para o esporte.

Com o desenvolvimento da tecnologia para captação de imagens, o esporte precisa se colocar como produtor de conteúdo. A tendência, já quase uma realidade, é que os departamentos de comunicação se transformem em grandes redações de jornalismo, produzindo tudo sobre o cotidiano daquele clube, atleta ou competição.

Mais do que apenas questão de aproximação do público jovem, as redes sociais abrem uma nova oportunidade para a geração de receita no esporte. Com conteúdo exclusivo e de qualidade, será praticamente impossível para a mídia tradicional concorrer com isso. E, na parte final da ponta, o jogo ao vivo terá cada vez mais valor para os veículos.

O jogo de forças entre mídia e esporte tende a ter um claro vencedor mais para a frente.


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