Negócios do Esporte

O exemplo é o basquete

Erich Beting

Toda a infrutífera discussão entre clubes, Globo, Record e Clube dos 13 poderia ser evitada se o futebol brasileiro olhasse o exemplo que vem do basquete. Em 2005, com o racha entre clubes e CBB, uma parte dos times que disputavam o Nacional de basquete decidiram criar um torneio paralelo.

A CBB não reconheceu oficialmente a NLB (Nossa Liga de Basquete), que era liderada ''apenas'' por Oscar, Hortência e Paula, três dos maiores ícones do esporte da bola laranja no país.

O resultado foi que, durante três anos, o basquete brasileiro encontrou um impasse. O racha foi necessário para tirar das mãos da CBB o desmando sobre o Nacional, mas levou para a lona um dos esportes mais populares do Brasil.

Hoje, sob a batuta da LNB (Liga Nacional de Basquete), que é comandada pelos clubes, a modalidade conseguiu buscar novos patrocínios, um acordo de TV que antes não existia e trabalhar para fortalecer cada vez mais a competição.

O futebol é extremamente forte e sem dúvida não sofrerá tanto quanto o basquete com ausência de patrocínio e de televisão interessada em transmitir seu campeonato. Mas seria uma ótima oportunidade olhar o exemplo do basquete antes de cada um querer sair correndo preocupado em seu próprio umbigo.

  1. Anderson

    06/03/2011 14:34:40

    Eu já vejo por outro lado. Se figuras como Ronaldo e Pelé, donas de patrimonio com cifras inimagináveis, e que não precisam de babar ovo, para ninguem, dá o que pensar nessa historia toda. Me preocupo muito mais com pessoas que se aproximam e mantem sigilo de suas relações com empresários que realizam negociações de jogadores com milhões de Euros, de atletas que mal sairam das fraldas. O que temos visto proliferar ultimamente em escala assustadora.

  2. Anderson

    06/03/2011 14:30:11

    A propósito amigo, o esquema utilizado pelo basquete americano, começou a fazer água e já subiu no telhado, comprovando-se a sua ineficiência. As grandes equipes, não aguentam mais. Igualzinho aqui.

  3. Anderson

    06/03/2011 14:28:14

    Erich. Sua indireta neste post foi sensacional. Esta aí, a oportunidade para a Record, se de fato pretende mesmo ajudar o esporte (ou apenas eliminar concorrentes), poderia patrocinar e exibir o basquete. Porque não se mete nessa área? Precisa responder porque não se interessa? Em tempo a unica TV que transmite basquete, é a ESPN, canal fechado. O que é bem diferente é vom que se esclareça.Tenho pena dos herois que se matam para sustentar o basquete.

  4. Edson no Japão

    06/03/2011 07:24:21

    A decadência do basquete começou quando a globo compra os direitos e repassa para a tv fechada,privando o grande público de acompabhar o campeonato e formar novos ídolos e novos praticantes. E a globo não mostra os patrocinadores ,desestimulando elas a abandonarem a patrocinarem os times.Compra os direitos dos mundiais e não mostra,só para privar a concorrência de mostrar.

  5. Rodrigo

    04/03/2011 17:50:40

    Realmente o basquete está um pouco melhor... e tudo isso só aconteceu quando alguém resolveu se livrar da CBB. Até quando os dirigentes do futebol vão continuar nas barras da saia da CBF?E como você mesmo disse, durante as narrações os times são chamados pelos nomes da cidade ou do clube... Isso porque a dona Globo, chamada por alguns de "melhor parceira comercial do Brasil", não fala os nomes dos patrocinadores e faz com que os mesmos percam o interesse pelo esporte...

  6. Rodrigo Cardoso

    03/03/2011 17:55:00

    Certamente Beting o maior problema é a profissionalização e uma relação política mínima. Quando se pensar como grandes empresas pensam alinhando a paixão pelo esporte tudo será mais produtivo. Infelizmente atualmente vemos políticos dentro dos clubes fazendo cada vez mais seus jogos de interesses, sinceramente acho babaquice esse papo de eleição para presidente, presidente do que? ali tinha que haver um administrador, uma pessoa com formação e capacidade para administrar um time de futebol. A escolha por este profissional deveria ser por seu currículo, sem essa de oposição e etc. Claro que para não haver comodismo, que fosse cargos por tempo determinado.

  7. Erich Beting

    03/03/2011 17:42:33

    Fernando, o Grego saiu da presidência da CBB depois da criação da liga. Ele tentou, de todas as formas, impedir o fortalecimento da LNB, mas só veio a sair um ano depois de criado o torneio nacional gerenciado pelos clubes. Um abraço, Erich

  8. Erich Beting

    03/03/2011 17:27:10

    Augusto, o trio de ídolos do basquete deixou a liga. Não conseguiram cuidar do projeto, talvez por não terem conhecimento, interesse e dedicação necessários para isso. Hoje a liga é comandada pelos clubes, com executivos de mercado contratados e sem vinculação política da presidência e diretoria com os clubes. Um abraço, Erich

  9. Erich Beting

    03/03/2011 17:25:44

    Lincoln, a liga tem tentado recolocar o basquete nos eixos, porque ela trabalha de olho nos interesses dos clubes. O futebol é muito mais forte que o basquete e não precisa curvar-se tanto assim à TV. Só que, para isso, precisa ter uma liga independente e que pense só no bem da liga, do campeonato, do produto. E aí o basquete é exemplo. Público e TV melhores são resultados de longo prazo. Um abraço, Erich

  10. Renato de Almeida Prado

    03/03/2011 14:44:20

    Quando vi a manchete achei que você ia comprar o exemplo da NBA. É ridículo usar as características da estrutura do basquete norteamericano para comprar com o nosso futebol. Para se fazer uma analogia é necessário poder comprar ambos, certo? No basquete gringo há teto salarial por equipe, há regras nas contratações de novos jogadores, há regras sobre a venda de qualquer acessório dos clubes, etc.Mas você usou uma comparação interessante. De que a ruptura não leva necessariamente à falência. Há luz no fim do túnel. A questão é que o clube dos 13 não foi capaz de fazer essa ruptura como mesmo afirmou o seu presidente.O basquete teve de chegar ao fundo do poço para essa ruptura. Quem seria capaz de fazê-lo hoje para o futebol? Difícil, né?

  11. Rodrigo Figueiredo

    03/03/2011 14:32:00

    Ótima colocação Erich, mas ai também faltam as "estrelas" no nosso futebol que se "vendem" por dinheiro para a dona CBF, ninguém vê Pelé, Ronaldo dentre outros criticando os desmandos do Sr. RT e dando apoio ao FUTEBOL BRASILEIRO, mas sim se bandeando para o seu lado a qualqur oportunidade.

  12. Fernando Abreu

    03/03/2011 14:23:14

    Hoje podemos dizer que a união das equipes profissionais de basquete é sim um exemplo, mas só foi possível com a saída do ex-presidente da confederação brasileira que atrapalhava de todas as formas possíveis o diálogo entre a instituição e os clubes, para que o futebol possa ter uma liga independente da CBF só será possível com a saída do maquiavélico presidente, ou, a total revolução dos clubes com a mesma. Exemplo sim podemos citar a NBA que conseguiu criar uma estrutura rentável e ser parceira de negócios com as tvs, mas voltando a nossa realidade, acredito que o grande problema do futebol brasileiro é a forma arcaica que os dirigentes administram seus clubes perante aos negócios milionários envolvidos, a união dos clubes e total ruptura com a CBF quando o assunto for campeonato brasileiro é a única solução, regras, conceitos, diretos de tv, dinheiro para os clubes entre outros, somente serão discutidos e decididos pelos clubes, humildade dos clubes também poderia fazer evoluir nossa maior riqueza!

  13. Ronaib Moreira

    03/03/2011 14:01:23

    O problema é a mentalidade pequena e o amadorismo dos cartolas de futebol, infelizmente para o futebol.Caso tivessem coragem e fizessem uma liga forte, com toda certeza teriam um ótimo campeonato.E fariam um bem para o esporte brasileiro, acabariam com os políticos que comandam as confederações que verdadeiros ditadores ou reis eternos.

  14. Rafael Wuthrich

    03/03/2011 11:30:14

    O basquete viveu seus dias de fênix. Mas ainda está longe de recuperar seu prestígio. Acho que para melhorar não necessariamente deve-se chegar ao fundo do poço, como ocorreu no basquete.

  15. Robson

    03/03/2011 10:17:05

    Eric. Nem se fala em basquete no Brasil. Os times são chamados pelos nomes das cidades ou dos clubes, e não pelo seu nome completo. Só passa na TV a Cabo, o calendário de jogos é confuso, as pessoas não são levadas a assistir os jogos em quadra, nossos maiores ídolos da atualidade jogam na NBA, não temos grandes resultados em torneios de seleções masculinas e femininas adulto há tempos. Na questão do basquete, alguém tentou fazer algo diferente do que vinha acontecendo (Paula, Hortência e Oscar), mas não deu certo. O tentar traz dois caminhos, o sucesso e o fracasso. Mas é melhor tentar o sucesso, do que se conformar com o fracasso. Hoje, com a NBB sendo capitaneada pela Globo, o esporte vai um pouco melhor, mas precisa muito ainda para voltar ao seu tempo de glória, títulos mundiais adulto, medalhas olímpicas, ídolos, público. Abs!.

  16. lincoln oliveira

    03/03/2011 00:18:37

    Como o basquete pode ser exemplo , se tem jogos com menos de 20 pagantes. Para agradar qa GLOBO a final deste ano vai ter sómenyte um jogo. Será qie isto é exemplo a ser seguido.

  17. Augusto

    02/03/2011 23:39:25

    Belo exemplo!!!mas tem uma grande diferença. Nao comparemos estes 3 idolos com Andres Sanches, JJ, Patricia ASmorim, Kalil, Tirone, Luis Alvaro, Koff, Fernando Carvalho, Etc....todos estes outros só pensam naquilo....enquantos nossos idolos, sem ego algum....pensam no esporte...em cria uma liga forte para quem sabe aparecer outros Oscar, Paulas e Hortencias.abs.

  18. Samuel de Azevedo

    02/03/2011 22:11:36

    Sempre acreditei nesse esporte, até criei uma equipe aqui, em Vale do Sol, a 3 anos, o Maluco´s Bulls, participo, divulgo e até tenho meu próprio torneio de street, mas tmb jogo o 5X5. Espero dias melhores com o basquete, como nos velhos tempos.....abraço...ah, acompanho o basquete desde 1990.

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