A Olimpíada pode salvar a infraestrutura esportiva no Rio
Erich Beting
O Flamengo assinou nesta quinta-feira um acordo para receber a delegação americana durante a realização dos Jogos Olímpicos de 2016. O acordo prevê o investimento de US$ 400 mil em melhorias de infraestrutura que tornem a Gávea apta a receber os atletas dos Estados Unidos em 2016 (leia os detalhes aqui).
O negócio representa um reflexo interessante que a presença dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro pode provocar para o esporte na cidade. São a partir de iniciativas como essa que o Rio pode vir a ganhar uma vantagem competitiva em relação aos demais municípios. A necessidade de melhoria de infraestrutura esportiva pode ser percebida na simples decisão de o Comitê Olímpico dos EUA encontrar um lugar para treinamento no período em que estiver na cidade.
Quando se fala em legado olímpico, geralmente pensamos exclusivamente no evento em si e o que ele vai deixar para o país. Mas a melhoria de infraestrutura no esporte é a primeira benfeitoria de fato tangível daquilo que pode representar a presença das Olimpíadas no país.
Assim como o Fla se beneficiou no negócio com os americanos, outros clubes em todo o país podem melhorar suas estruturas para abrigar outros atletas. E, sem dúvida, o Rio de Janeiro terá uma melhoria sensível na qualidade dos equipamentos esportivos. O duro é saber que a iniciativa parte sempre do outro lado. Claramente não há um plano estruturado por parte de confederações e clubes para que a infraestrutura seja melhorada. E esse é o maior problema se formos pensar além das Olimpíadas.
Planejar a estrutura que ficará depois de 2016 é o passo mais importante para que o evento não represente apenas uma festa bacana durante 20 dias.