Negócios do Esporte

Um mês para Londres. Vamos aprender?

Erich Beting

Chegamos nesta quarta-feira à reta final da contagem regressiva para os Jogos Olímpicos de Londres. A 30 dias da maior competição esportiva do planeta, os londrinos começaram a aquecer os motores para o evento. Pela manhã, uma cerimônia marcou a colocação do símbolo das Olimpíadas na Tower Bridge, um dos principais cartões-postais da cidade.

Amanhã, mais eventos programados. E assim seguirá o barco londrino em direção ao dia 27 de julho, quando oficialmente a cidade estará voltada apenas para os Jogos Olímpicos.

Já que não deu nos últimos tempos, é hora agora de o brasileiro olhar com carinho para essa fase que a Inglaterra começa a viver. O que as empresas estão fazendo para engajar suas marcas com o consumidor? Como a cidade faz para tornar o habitante mais ligado aos Jogos? De que forma a mídia, lá e aqui, prepara o clima para o início do evento?

Muito do que acontecerá nos próximos 45 dias poderá nos servir de exemplo para, a partir de 13 de agosto, começarmos a aplicar no mercado brasileiro. É a hora de aprender com os acertos e os erros londrinos. E de entender mais onde é que vamos nos meter. Um bom começo, para quem quiser, é assistir a essa animação feita pela BBC (veja clicando aqui).

Nela, fica bem claro qual o dinamismo que os Jogos Olímpicos assumiram para o mercado e também para as cidades-sedes desse megaevento. A melhor forma de não repetirmos os erros do Pan-2007 e até mesmo da Copa atropelada que teremos em 2014, é antecipando-se, planejando-se e, mais do que isso, executando o plano proposto.

Só assim transformaremos oportunidades em bons negócios. Chegou a nossa hora de aprender. O lado bom dessa história é que, da maneira como Londres pensou os Jogos Olímpicos, muito provavelmente estaremos diante de uma nova versão de Barcelona-1992, até hoje o melhor exemplo de uma edição olímpica que só trouxe benefícios para a cidade anfitriã. Potencial para repetir esses dois exemplos o Rio de Janeiro tem. Mas não dá para achar que 2016 ainda é algo muito distante.