Negócios do Esporte

Rio-2016 teve três anos de relativo sossego

Erich Beting

O tsunami pelo qual passam agora o COB, o Co-Rio e o presidente duplo Carlos Arthur Nuzman até que demorou para aparecer. Ontem passou de forma relativamente desapercebida pela maioria dos veículos de comunicação o ''aniversário'' de três anos da escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

A efeméride poderia servir para mostrarmos avanços que foram feitos de lá para cá, evoluções no número de patrocinadores no esporte brasileiro, desenvolvimento de centros de formação de atletas, etc. Mas o próprio ''esquecimento'' da data é uma mostra de que o Rio-2016 goza, até o momento, de um certo descaso por parte da mídia. E isso, até agora, não deixa de ser bom.

Com a realização em 2014 da Copa do Mundo em solo brasileiro, o noticiário e suas eventuais cobranças de falta de planejamento para gerenciar o evento recaem sobre a CBF e o COL. Nisso, o Rio simplesmente é esquecido e, com o passar do tempo, pouco se sabe do que já foi feito até agora para preparar a cidade.

Os próprios comunicados à imprensa divulgados pelo Co-Rio nesses três anos dão mais conta de contratos de patrocínio fechados, vagas abertas para trabalhar nas Olimpíadas e troca de profissionais dentro do comitê. Início de obras e quetais, até o presente momento, pouco foram divulgados.

No fim das contas, o Rio-2016 tem de celebrar os três anos de relativo sossego que teve até agora. Pelo visto, com a Copa entrando nos eixos em relação à construção de estádios, a bronca agora vai se virar para Nuzman e cia. E, aí, será a vez de ver se o manda-chuva do comitê olímpico e da Olimpíada vai conseguir aguentar o tranco. Seu par na CBF não conseguiu…