O que a Stock ensina aos outros esportes
Erich Beting
No próximo final de semana a Stock Car realiza a sua ''Corrida do Milhão'', um dos mais bem sucedidos projetos de marketing no esporte brasileiro. Criada em 2008, a prova que dá R$ 1 milhão em prêmio para o vencedor mostra alguns aspectos importantes na estratégia que o esporte precisa cada vez mais adotar para construir grandes histórias.
O primeiro deles é a definição de objetivos. A Stock se propôs, há seis anos, tornar-se a principal categoria do automobilismo no país. E, para não oscilar conforme o interesse das empresas, a categoria montou um projeto que prioriza o básico, que é o atleta. O foco da Stock é dar condições aos competidores para que eles consigam fazer carreira na modalidade e, mais do que isso, crie um público fiel à categoria.
Depois de patinar no Ibope e perder a exposição ao vivo da Globo em todas as suas provas, a Stock agora começa a reencontrar um caminho bom de manutenção da categoria. Álbum de figurinhas e produtos licenciados são apenas algumas das ações feitas para levar ao público o dia-a-dia das pistas e, mais do que isso, formar ídolos com os pilotos.
No início da semana, por exemplo, Cacá Bueno, líder do campeonato, participou de uma ação com a equipe num centro comercial em São Paulo. Frase do piloto após o evento: ''Tirei tantas fotos aqui com o pessoal, então deu para perceber que eles acompanham a Stock e também senti que são torcedores'' (leia a reportagem completa aqui).
Cada vez mais procurada pela mídia, a Stock Car mostra aos outros esportes que o caminho para ter sucesso como evento é ''simples'': Continuidade, prioridade ao atleta e foco no torcedor são as principais ações a serem tomadas. Com elas, mídia e patrocinador tornam-se uma espécie de consequência natural.
Não dá para achar que um produto sem torcida e atletas competitivos poderá ser um sucesso de mídia e patrocínio. Quem quiser ver um pouco mais como fazer, que tente ir a Interlagos no próximo domingo.