O mercado regula o valor do naming right
Erich Beting
Qual o valor que tem o naming right de um estádio de futebol? A pergunta, até um mês atrás, era uma incógnita para o mercado brasileiro.
Hoje, já dá para se afirmar que o patrocínio a um estádio deve ter um valor médio entre R$ 7 e R$ 2o milhões ao ano, no máximo. Pelo menos tendo como base os dois acordos que foram anunciados neste mês de abril, está claro que é isso que o mercado aceita pagar.
Primeiro foi o negócio da Itaipava com a Fonte Nova, avaliado em R$ 10 milhões por ano durante dez anos (leia aqui). E agora o da Allianz com a WTorre para dar nome à Arena Palestra (detalhes neste link).
A Fonte Nova foi a primeira a balizar o mercado. Até então, havia sempre a dúvida de quanto valeria um estádio. Pelo que acontece no exterior, dificilmente os negócios ultrapassariam a cifra de US$ 8 milhões, tendo o Allianz Arena, que é o maior contrato do mundo do futebol, como base.
O fato é que o valor a ser pago segue duas regras. A primeira, o quanto ter a propriedade é importante para a empresa. A segunda, é o quanto as outras empresas interessadas têm desembolsado de grana para ter o patrocínio. E, nessa toada, será impossível ter alguém disposto a pagar mais do que os R$ 15 milhões de Allianz e Palmeiras e alguém receber muito menos do que os R$ 10 milhões de Fonte Nova e Itaipava.
Por mais que os dirigentes queiram contar vantagem sobre valores, desde sempre quem decide o quanto vale um patrocínio de naming right é, sem dúvida, quem paga essa conta.