Negócios do Esporte

A chave é o entretenimento

Erich Beting

Vou valer-me aqui de duas diferentes notícias que foram destaque nos últimos dias. A primeira é a que liga a outra e leva para o universo do esporte o exemplo dado pela música.

Na última segunda-feira, o blog ''Universo Sertanejo'', do UOL, publicou entrevista com Fernando de Assis, artisticamente conhecido como Sorocaba. O cantor e compositor foi quem mais faturou com suas composições nos últimos dois anos no Brasil. No bate-papo, ele fala sobre diversos temas interessantes relacionados ao universo da música e que podem, tranquilamente, serem aplicados ao esporte.

Na última resposta à entrevista, porém, Sorocaba dá uma pista de como o esporte no Brasil está atrasado em relação ao mercado da música. Ele é categórico ao explicar o motivo de a música sertaneja ter dominado o país e também o que deve fazer com que esse estilo musical seja dominante por mais um tempo: ''Eu acredito que, nos próximos anos, quem investir em entretenimento de qualidade, vai se dar bem''.

A chave, claramente, é o entretenimento. Fazer com que o consumidor tenha não apenas a vivência de um show de música ou de uma competição esportiva é o caminho para que os dois segmentos faturem cada vez mais dinheiro. O segredo do tão propalado modelo americano de promover o esporte é esse. Colocar a competição num ''envelope'' maior, que dê ao público a opção de se divertir e, também, aproveitar um bom evento esportivo.

Até agora, um bom trabalho tem sido feito pelos gestores da Itaipava Arena Fonte Nova. Em pouco mais de um mês de existência do estádio, os gestores têm procurado trazer novidades a cada jogo. No último fim de semana, em mais um Ba-Vi histórico, antes de o jogo começar a brincadeira foi promover a união das torcidas com uma ação, no mínimo, inusitada. O exemplo vale para perpetuar esse tipo de comportamento entre os gestores esportivos e, também, para dar mais motivos para o torcedor ir a um evento esportivo.