O descaso de Nike e CBF com a seleção
Erich Beting
Na última segunda-feira, às 15h14, a CBF publicou em seu site reportagem confirmando a Sadia como nova patrocinadora da entidade. A marca substitui a concorrente Seara, que já desde o início do ano vinha sendo apontada como ''carta fora do baralho'' pela CBF. No mercado, era cada vez mais crescente a informação de que a Seara, que enfrenta dificuldades financeiras, deixaria a seleção e concentraria os esforços no patrocínio à Copa do Mundo.
No dia seguinte ao anúncio da troca de patrocinadores, o time brasileiro treinou em Goiânia, na preparação para a estreia na Copa das Confederações. Na camisa de treino da seleção, lá estava, formosa e bela, a marca da Seara estampada no uniforme. Ontem, a CBF parece que percebeu a trapalhada e achou um jeito bastante delicado de corrigir o erro (confira ao término do texto os cliques de Jefferson Bernardes, da VipComm).
Mas o problema não é só da entidade. A Nike, fornecedora de uniforme, também fica com a imagem arranhada por esse esparadrapo vergonhoso que foi colocado na camisa de treino do time. Não dava para entregar 30 uniformes ''limpos'', sem qualquer emblema? Ainda mais sabendo-se que já havia uma negociação engatilhada para que a Seara deixasse o patrocínio?
Foi-se o tempo em que a relação entre patrocinador e patrocinado era apenas entregar a camisa e pronto. Curioso ver que CBF e Nike ainda parecem viver nessa época. E é mais inacreditável ainda pensar que isso acontece com o mais antigo parceiro comercial da Nike no futebol…