Negócios do Esporte

O gol da Fiat

Erich Beting

Só pude ver agora a ação feita pela Fiat para promover os 35 anos de atuação da empresa no país. A empresa usou o Palmeiras para marcar a data. Além de expor a inscrição ''Fiat 35 anos'' nas costas do uniforme do time, a montadora pagou os atletas para que eles comemorassem seus gols como se estivessem dirigindo um carro.

Obviamente que os 3 a 0 que o Palmeiras aplicou sobre o Santos ajudaram no sucesso da ação, mas mais do que o resultado da partida, o golaço marcado pela empresa foi conseguir associar o seu patrocínio a uma efetiva ação de marketing.

Como sempre discutimos aqui, é preciso ter criatividade para pensar em ações simples. Geralmente elas são as mais efetivas para uma empresa ter sucesso na hora de ativar o seu patrocínio. Outra grande sacada dessa comemoração dos gols foi saber que uma das maiores exposições que existem na mídia de um jogo de futebol é a repetição dos ''gols da rodada''. São eles que amplificam as ações.

Aos poucos, o mercado brasileiro começa a entender que só colocar a marca e esperar pela exposição espontânea na mídia não é mais suficiente. O gol da Fiat é uma prova disso. Assim como o Gol da Volkswagen em sua campanha de mídia usando Túlio Maravilha. Além de reforçar a ligação com a seleção brasileira, a peça brinca com o sonho do ''Gol Mil'' do jogador.

Assim como foi no mercado financeiro, com Santander e Itaú puxando a fila dos investimentos em ativação de patrocínio, o setor automobilístico dá mostras de que tem se mexido bastante na questão de não apenas patrocinar, mas usar a propriedade para reforçar sua ligação com o consumidor. Ainda temos um longo caminho a percorrer, mas as coisas começam a querer se ajustar.

  1. Marco Lóng

    15/07/2011 20:24:49

    Erich, ta azeitado (mecanica de ativação) mas se os jogadores nao tem FIAT nas garagens, ate que ponto a mecanica de 'dirigir o volante do FIAT' de mentirinha nao atropela a criatividade ? A comemoração do gol pelo jogador nao deveria ter interferencia artificial paga. Quando isso acontece a relação da empresa com o clube pode ficar enganosa e a comemoração 'comprada' transparece 'fake' no momento mais importante do jogo

  2. Wilson Manoel/Gestor da Marca do Esporte Clube Bahia

    15/07/2011 11:14:41

    Golaço, Erich ! É assim que entendemos o branding no futebol, projetos orgânicos, ações inteligentes. Estamos convidando o site maquinadoesporte,através da sua pessoa, para participar do Fórum "Construindo o Bahia do futuro" que será a abertura oficial dos trabalhos de construção do Planejamento Estratégico do EC Bahia, a ser realizado nos dias 3,4 e 5 de agosto(a confirmar) em Guarajuba,litoral norte de Salvador. Comungamos a mesma visão estratégica que você desenvolve neste blog em relação a plataformas de negócios no esporte, e estamos a caminho da profissionalização plena da gestão e da globalização da marca do Bahia.Convidamos marcas globais e nacionais além de parceiros de negócios e clubes de excelência para este Evento. Solicito-lhe o envio de seus contatos para que possamos conversar melhor a respeito. Aguardamos a confirmação da sua presença. Wilson ManoelGestor da Marca do EC Bahia

  3. Erich Beting

    15/07/2011 11:00:01

    Isso mesmo Flavio, tão pequena que nem saber um pouco sobre graus de parentesco você sabe. Um abraço, Erich. Ah, difícil e imbecilidades não possuem o cedilha, que obviamente alguém tão estudado como o senhor já sabe.

  4. FLAVIO DEL POTRO

    15/07/2011 09:27:43

    minha mente pode ser pequena , mas o esporte do brasil e assim nao por culpa minha. eu nao trabalho no esporte , nao fico de terno nem de camisa social falando de futebol como se fossem pessoas formadas falando difiçil para comentar imbeçilidades e obviedades do futebol para pessoas mais ignorantes aindasou um comerciante que estudou e apenas um observador e praticante de tenis .nao consegui minhas coisas porque meu pai e famoso !!mas minha mente e pequena sim , caso contario estaria usando meu pai para ter empregoum abraço

  5. Valdemar

    15/07/2011 08:53:08

    Sei lá! É bem verdade que o dinheiro compra quase tudo e os jogadores, como profissionais que são, querem faturar cada vêz mais. Mas eu ainda penso que a comemoração de um gol - momento máximo do futebol - deva ser feita com expontaneidade, com sentimento. Mercantilizar a comemoração é como que "matar" a relação afetiva que ainda resta no futebol, e que liga jogador, equipe e torcida. Não desconheço o fato de que muitas das comemorações são ensaiadas já nos vestiários, antes mesmo dos gols e na hipótese de eles aconteceram. Mas, ainda assim, são gestos idealizados pelos jogadores, com motivos próprios. Aí está a beleza da comemoração expontânea, muito diferente daquela fria e mecanizada. E em se tratando de montadora de veículos, bota mecanizada nisso!

  6. geraçdp

    15/07/2011 03:57:02

    esta ações tem como maior exemplo o Ronaldo, com as campnhas da brahma e da nike, do gaucho.Parece que estamos maturando um crescimento unico no futebol.acho fantastico este crescimento, da valorização da marca e da exposição na midia internacional, assim, poderemos ter um anunciante master, sem a necessidade de mais outras marcas na camisa.

  7. Erich Beting

    14/07/2011 18:05:12

    Carlos, foi uma ação única. Por isso mesmo acho que acabou bem-sucedida. Agora não dá mais para as empresas buscarem essa alternativa para ativar suas marcas. Acho que a festa na hora de comemorar é válida, assim como pensar numa forma (que não é nova, diga-se de passagem) de aproveitar o momento para reforçar a relação da empresa com o clube. Acho que há espaço para todo tipo de comemoração. Um abraço, Erich

  8. Carlos Vicente

    14/07/2011 18:00:30

    Em princípio e restrito à mecânica de ativação do patrocínio, da função do marketing, sua análise é válida. Entretanto e especificamente em relação à mecânica desta ação, em tempos de "João Sorrisão do Esporte Espetacular", "Dancinha do É Gol da SporTV", "Concurso de comemoração da Nextel", entre outros, enquadrar o momento da comemoração do gol é extremamente complicado. A longo prazo como bem comentou o Palmeirense Fernando Vives (@sorryperiferia) essa pasteurização/idiotização mata o futebol, o esporte. O marketing esportivo tem que ter isso em mente e ser criativo para não "pautar" o momento de maior explosão do futebol. Senão, comemorações como a do Alexandre Pato ontem marcando pela Seleção, serão cada vez mais raras. Vamos acompanhar...

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