Briga de egos entre Andrés e Juvêncio pode minar acordo com Femsa
Erich Beting
A disputa entre Andrés Sanchez e Juvenal Juvêncio quase coloca a perder o principal contrato em conjunto formado pelos quatro maiores clubes de São Paulo. A Femsa notificou o G4, grupo que intermediou o acordo entre os times, perguntando qual seria o futuro do negócio com Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos já que os dirigentes de dois dos clubes publicamente estão trocando farpas (leia a matéria aqui).
O episódio revela o quão improdutivo para os clubes de futebol é a não-profissionalização de suas gestões. As frases de efeito que Andrés e Juvêncio disparam para a imprensa são prato cheio para a discussão entre torcedores e para gerar audiência na mídia. E são péssimas para os negócios que São Paulo e Corinthians podem gerar.
Os clubes de futebol precisam entender que a única concorrência que existe entre eles é dentro de campo e na contratação de funcionários. Em todo o restante, eles devem ser parceiros e gerarem negócios em conjunto. Uma mostra é o caso envolvendo a Femsa e os quatro paulistas. O acordo, que envolve cifras milionárias, pode ser desfeito pela agressividade entre os dirigentes.
É exatamente por comportamentos assim que os clubes no Brasil não conseguem se organizar minimamente para fazer qualquer negociação conjunta. Enquanto cada um olhar apenas para suas vaidades, sem pensar de que forma é possível ganhar mais em conjunto, o próprio negócio vai se esvaziar.