A importância do atleta no esporte como negócio
Erich Beting
Sim, muitos aqui vão me criticar pela visão meramente comercial do fato. Mas não dá para, atualmente, o atleta não entender o contexto em que está inserido no esporte como negócio. As atitudes espontâneas dão a graça ao esporte e reforçam o componente de paixão que só ele é capaz de carregar. Hoje mesmo, no Twitter, vi um debate sobre o fato de o atleta planejar uma coreografia para ser feita em caso de marcar um gol. Tem gente que é contra, preferindo que o jogador extravase a alegria contida naquele instante.
Mas planejar é preciso, ainda mais quando a comemoração pode interferir diretamente naquilo que é o produto do patrocinador. Ramon, ontem, fez uma bela homenagem à família ao celebrar o gol marcado na vitória do Corinthians sobre o XV de Piracicaba. O único problema é que, mesmo que ele tenha pensado antes em comemorar o gol daquele jeito, teria de ter lembrado qual é o produto que está estampado na camisa do Timão.
O vídeo mostra bem o quão incompatível foi a celebração do jogador com o patrocínio da Jontex. Sim, era o momento dele. Mas é inconcebível, hoje, que o atleta não saiba o tamanho do negócio no qual está inserido.
Curiosamente, no site do Corinthians, não há uma foto da celebração natural de Ramón.