Marketing pelo esporte: o melhor contador de histórias
Erich Beting
Reportagem da revista Exame desta quinzena desmascara duas ''histórias'' contadas por duas marcas que ganharam bastante espaço no mercado nos últimos tempos. Sob o título de ''Marketing ou Mentira?'', a reportagem contava os casos da sorvetes Diletto e da sucos Do Bem. As duas empresas criaram histórias lindas sobre a origem de seus produtos.
Até aí, tudo bem. Eram temas que motivavam as pessoas a terem um apreço pela marca que ia além do fato de elas possuírem um bom produto. O ''probleminha'' disso é que essas histórias saíram de mentes criativas. Era, no jargão pejorativo, uma conversa de marqueteiro. Uma grande mentira, contada de um jeito bonitinho para vender mais (a reportagem está aqui).
Com o consumo de mídia cada vez mais fragmentado e com o consumidor assumindo cada vez mais o papel de fiscal da vida das marcas, ter uma boa história para contar é fundamental para a empresa ter sucesso. É, por exemplo, a história da Apple. Não é só o produto o objeto de desejo. É toda a história da marca, de Steve Jobs, etc.
E aí é que entramos no título do post. Numa era em que as pessoas estão cada vez mais exigentes para consumir, fazer um bom marketing exige das empresas se aliarem a boas histórias. O esporte, nesse sentido, é uma das melhores ferramentas que existem. Afinal, não existe melhor contador de histórias do que uma competição esportiva de alto nível.
Na sua luta desenfreada pelo jogo limpo, pelo fim do doping, pela pureza da competição honesta, o esporte se transforma num elemento ótimo para as empresas se associarem e contarem grandes histórias a partir dos exemplos de esportistas e competições de esporte.
Não é por acaso que, cada vez mais, é mais caro para as marcas se associarem aos eventos esportivos. Eles se transformaram nos melhores contadores de história possível.