Super Bowl é obrigatório a quem trabalha com esporte
Erich Beting
No domingo, quem trabalha com esporte tem um programa obrigatório. Ligar na ESPN para acompanhar o Super Bowl, a decisão da temporada do futebol americano.
Sim, futebol americano é um esporte peculiar. Mistura estratégia de guerra com uma bola oval, etc. Mas, se você trabalha com esporte, tem de acompanhar o evento!
O jogo em si é o de menos. O que é fundamental entender no Super Bowl é como os americanos transformaram a final de sua principal competição num evento de, pelo menos, uma semana de duração e que tem, na mídia, o maior acontecimento do ano.
Há alguns anos, a NFL criou a NFL Experience. Para resumir, ela faz na cidade-sede da decisão um imenso parque de diversões de quem é apaixonado pelo esporte.
Cada patrocinador tem direito a alguma propriedade dentro do espaço para se relacionar com o público, cada time também pode conversar com o fã, a mídia tem a chance de fazer diversas matérias com os protagonistas do jogo.
Com esse espaço, a NFL criou um meio de dar a toda cadeia produtiva do esporte (torcedor, patrocinador e mídia) uma chance de ter mais contato com o Super Bowl além do jogo em si. Isso garante uma semana de assunto na mídia mundialmente e, localmente, movimenta mais a economia da cidade que recebe o evento.
O que mais é debatido, porém, é o tal do intervalo comercial na transmissão do Super Bowl. Neste ano, a NBC cobrou US$ 4,5 milhões para quem quisesse fazer 30s de propaganda. É o mais alto valor pago pelo anunciante.
Isso acontece porque audiência do Super Bowl tende a ser sempre a maior da TV americana no ano.
Assim, o jogo também representa o momento certo para as marcas lançarem suas novas campanhas publicitárias com mais chance de sucesso. Vale lembrar que a TV, nos EUA, tem um consumo muito pulverizado. É muito canal, o que faz com que raramente se tenha algum momento com mais de 100 milhões de pessoas ligadas num mesmo canal.
A cifra milionária pelos 30s, assim, é justificável.
Tudo isso acontece ao redor do jogo. Assim como o show que acontece no intervalo da partida. Propriedade da Pepsi, costuma ser um evento dentro do próprio evento.
Seria ótimo se, no domingo, quem trabalha com esporte, seja dirigente esportivo ou patrocinador, ligasse a TV para reparar em todos os detalhes que vão além da bola oval dentro do campo…